SEGURANÇA DILMA GARANTE
O "PADRÃO FELIPÃO".
Datena, apresentador de programa policial da TV Bandeirantes deixou de narrar a tragédia brasileira na Copa e agora mostra a hecatombe da pauliceia.
A violência urbana é o avesso do padrão Copa que o governo montou para mostrar ao mundo que estádio de futebol é melhor que hospital, escola, transporte digno e presídio reeducador.
Já pelos lados do Rio de Janeiro, a coisa voltou ao normal. É bala perdida pra tudo que é lado.
E tiro é coisa que já não abala mais o cotidiano do carioca; tiro é coisa que entra por um ouvido e sai pelo outro. É como um grito de gol da Alemanha contra o Brasil nessa Copa das Copas.
Hoje mesmo, nesta gloriosa segunda-feira, teve tiroteio brabo no Complexo do Alemão. O policiamento foi reforçado e até o teleférico está fechado pra balanço.
O bala com bala de hoje é só o segundo capítulo do episódio de ontem quando traficantes e policiais de uma UPP - Unidade de Polícia de Pacificação, entraram em confronto. Cada qual deles mais armado que o outro até os dentes.
É o legado da Copa. Valeu a pena espalhar Fifa Fan Fest pelo país afora e adentro.
Era paz e alegria aos borbotões. Ah que saudade da Fifa!
Que venham os Jogos Olímpicos de uma vez.
Não esperem por 2016, pelo amor de todos os santos e bruxos e crenças e seitas.
Façam logo essa Olimpíada no Rio, antes que, às vésperas das eleições, a população descubra que a Copa acabou; façam essa Olimpíada antes do outubro vermelho, porque até lá a Cidade Maravilhosa pode acabar.
E a coisa está assim. A Violência urbana é um rastilho de pólvora que se espalha acesa de fio a pavio pelo Brasil.
Está sendo assim em Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e todos os grandes centros do país. Acabou o grito de gol e renasceu o grito de dor. Está um horror. Mas não tenha pressa, vai piorar.