De camisa vermelha e mascarado como jogador de futebol, ele abusou da força e da má intenção.
A polícia, assim como todo mundo, já sabe agora o seu nome: Zuñiga.
Como depredador do patrimônio do futebol nacional, esse Zuñiga deveria ficar preso até responder pelo crime que cometeu. Casualmente, com a debochada liberdade de Zé Dirceu, há uma cela vaga na Papuda. Neymar, em nome da civilidade, agradeceria.
A COPA DA ABUNDÂNCIA
Deixem que eu volte à Copa de 1962. Pelé foi caçado em campo e se contundiu. Saiu da competição. E o Brasil foi campeão. Bicampeão do mundo. Foi a "Copa de Garrincha".
Pois é, o Brasil tinha Garrincha. E tinha Gilmar, Nilton Santos, Vavá, Pepe, Zito, Djalma Santos...
Hoje, sem Neymar, talvez esta seja a Copa do Hulk, uma espécie de premonição patrocinada pelo secretário-geral da Fifa que gostou de chutar nossos traseiros.
A esperança ainda é a última que morre e, quer queiram ou não, ainda nos sobra aquele anãozinho de jardim mineiro, bom de bola, o ratoneiro driblador, Bernard.
E só se ele não resolver, então, é que o Fred ainda pode ser o nosso Garrincha nessa Copa das Copas. A gente é brasileiro; não desiste nunca!
No entanto, guardo cá comigo as minhas convicções. Tenho um certo e grande pressentimento de que estamos caminhando para a "Copa da Abundância", uma homenagem à protuberância anatômica de Hulk, localizada bem ali onde as costas perdem o seu digno nome.
PREDADORES
No caminho da vaga deixada por Joaquim Barbosa, no Supremo Tribunal Federal, agora também há uma pedra.O detento Zé Dirceu que agora está livre para voltar às atividades de articulador de bastidores.
Dilma Vana vai acabar cedendo aos desejos do bom e velho Dirceu que gostaria de ver Zé Eduardo Cardozo, o inerte e obediente ministro da Justiça, no lugar de Barbosa.
E o independente ministro Luiz Fux, uma espécie de Neymar no STF, que se cuide para não ter sua espinha dorsal atacada pelas costas.
Esse time de predadores políticos detesta quem não entra no seu jogo.
