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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

BAILE DE COBRA

Ganhar no primeiro turno é voo de galinha. O que vale é o returno. É nesse momento solene que a gente vai ver que há muito mais que aviões de carreira entre o céu e a terra do que a nossa vã filosofia possa imaginar.

É no segundo turno que, se Marina precisar de Aécio como seu par, vai ter a honra da contradança. Nesse quadro, Dilma Vana e sua base aliada dançam.

Se, no entanto, Aécio tiver que convidar Marina para dançar, vai levar carão. Ele, mais do que bailar na curva, vai botar o Brasil para dançar.


LAVAGEM

Ninguém me tira da cabeça que essa mobilização toda em torno de pesquisas que, ao fim e ao cabo, estarão todas certas na hora da boca de urna no dia da eleição, não passa de uma lavagem cerebral que convém à credibilidade do uso das urnas eletrônicas.

O artefato é tão eficaz, tão ágil, tão seguro que até hoje não foi adotado por nenhuma grande democracia desse grande concerto que é o planeta Terra.

PRECONCEITO
O goleirão do Santos, Aranha, dessa vez foi só vaiado. Vaiado e ofendido pela mesma torcida tricolor, na mesma praça, na mesma arquibancada. Foi chamado de tudo um pouco: de filho dessa e daquela, disso e daquilo; foi xingado de fedorento e relaxado. Foi atingido por petardos de baixo calão e caladão ficou. Mas, não foi chamado de macaco. Ah, então não tem a menor importância.

ÍNDICE BAND, O RESUMO

Pelo Índice Band, a coisa está cada vez mais feia pros lados da president@-candidata, Dilma Vana Coração Valente. Falei que a coisa tá feia, para não dizer que a coisa tá preta - Deus me livre e guarde de ser politicamente incorreto.

Dou os últimos dados do levantamento feito pela dos levantamos feitos até agora pelos outros e depois explico o que é esse instrumento de aferição da corrida pelo Palácio do Planalto.

Se a eleição fosse hoje, Dilma Coração Valente teria 43% das más intenções voto; Marina Morena Verde da Silva, teria 35% das segundas intenções e Aécio Neto de Neves ficaria chupando o dedo com 20% dos terceiros intentos eleitorais.

Com isso, Dilma e Marina iriam para o segundo turno. Não necessariamente nessa ordem. Marina chegaria na frente, com 51% e Dilma ficaria com a medalha de prata na maratona, com 48%. Uma diferença de 3%, o que significaria mais de 4 milhões e 200 mil votos de vantagem do outubro verde sobre o vermelho.

Mas preste atenção ao serviço, pô: as eleições não são hoje. Dito isto, ou isto posto, rememoro aqui o que é mesmo esse bem-intencionado Índice Band: é aquele que acredita nas pesquisas feitas pelos outros e faz a média ponderada.

Quer dizer, soma o imponderável e divide o que talvez até possa ser razoável. No fundo, no fundo, é o resumo da ópera bufa.


A MORTE DO CAMELÔ

E então, o covarde camelô avançou sozinho contra um grupo de cinco ou seis valentes policiais militares e tentou tirar o spray de pimenta da mão de um deles. Levou um tiro na cabeça. Correu dez, quinze passo e morreu.

Eu vi esse Brasil na TV. O rápido atirador fardado apontou e mirou a testa do espevitado ambulante. Foi preso pelo comando do Quartel.

No primeiro depoimento, o herói não teve dúvida nenhuma ao tirar o corpo fora: "Foi um disparo acidental". Os peritos vão examinar a fita para dizer se houve, ou não, intenção de matar.

O diabo é que já está pra lá de manjado que, no Brasil da Silva, filmes não valem nada. Perguntem para o Arruda, dos panetones de Brasília, ou para o Waldomiro Diniz, aquele da CPI dos Bingos, ou para a Polícia Federal sobre aquele rolo de filmes que tomaram Doril na Operação Porto Seguro, ou pergunte sobre as fitas com os telefonemas de Rose para Deus...

Bolas, não pergunte nada. Não adianta.