Seja lá qual for a decisão de Celso de Mello, na sua porção Minerva de ministro - pela sociedade ou pelos celerados - ele não votará sozinho. Pelo certo ou pelo errado, Celso de Mello terá a companhia de quatro magistrados e uma juíza.
No ato da sua poderosa solidão sonora da proclamação de quarta-feira ele será a voz definitiva da reconhecida Magna Corte de Justiça ao revelar o que a sua consciência soberana, una e indivisível houver por bem, ou por mal decidir.
Isso - quero abrir seus olhos - nada mais é do que o supremo Poder no exercício de todo o poder. E, no entanto, está na Magna Carta desse Brasil sem noção e fora de controle que "todo poder emana do povo".
Nesse Brasil da Silva de tantos requebros legais é tão fácil apagar esse preceito que fortalece o povo, quanto é conveniente rasgar a Constituição.