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segunda-feira, 30 de junho de 2014

FRANÇA  2 x 0 NIGÉRIA
Quero o Lula no camarote no próximo jogo do Brasil

O futebol nigeriano só não é bom quando seus jogadores têm tempo para dominar a bola e... Pensar. De resto, fazem tudo como se estivessem jogando futebol.

A França sem Ribery no meio de campo é como a Argh!entina sem o Lionel Messi, ou como a seleção do Felipão sem o Fred. Ou quase.

É uma Copa exemplar. Mostra o espírito da coisa: toda vez que o bandeirinha acerta, ele é vaiado. Mas isso não tem nada a ver com a Dilma. Ela nem foi lá. Parece até que ela não mora nem trabalha em Brasília.

Jogo bom, jogo aberto; bons ataques, boas defesas. Não dá nenhuma saudade do time da CBF. Vai ver que na França e na Nigéria até as escolas de futebol são melhores que as daqui.

Brasília atravessa o seu tradicional "tempo de seca". Estimativa de chuva só para quando setembro vier. A única grama verdade no Distrito Federal e no Entorno é no Maná Garrincha.

Maná Garrincha lotado. Coisa de 60% dos torcedores têm tudo a ver com a embaixada da França; 20% com os afro-descendentes da embaixada nigeriana; os demais, com a cota do Itamaraty.

Tá bom, não sei e nem quero saber se esses percentuais são verdadeiros, mas num país que vive de números fictícios, estão valendo. E lá se vai o primeiro tempo. Zero a zero. Dessa vez o Daniel Alves não foi o pior em campo.

Ah sim, no intervalo, uma inconfidência cometida, já fora de época, por um dos apadrinhados das relações exteriores: "Não conte nada pra ninguém, mas me disseram que ontem o Lula estava torcendo para o México". Ah, deixa pra lá. Quero o Lula no camarote do próximo jogo do Brasil.


Por que Ribery faz falta no time da França e Ganso não faz na Seleção da CBF? É que o Ganso não foi cortado; não chegou sequer a ser cogitado. Já o Ribery foi cortado muito antes de começar a Copa, Taí a a cicatriz na cara dele que não nos deixa mentir.

Quinze minutos já do segundo tempo e o jogo vai que vai. Jogo jogado, na bola; pouco pontapé, muita vontade. Mas, a gente nota que faz falta em campo, para as duas seleções, um traseiro como o do Hulk para ser chutado.

Aos 25 minutos, quase gol da França. O zagueiro da Nigéria tira quase em cima da linha de gol.

A tecnologia quase seria necessária.

Como não fora quase acionada ainda nessa Copa, ela entrou em campo; quase que pela primeira vez.

Quase não aguentei vendo como o futebol de várzea já não vale mais nada sem esse tipo de comprovante esportivo.

Quero tecnologia nas peladas de sábado lá no clube de Imprensa. Ops! Quase que quero... A turma que assumiu o Sindicato dos Jornalistas, acabou com o clube. Olha só aí, nessa foto de 3 de maio desse ano sem exercício, a alegação da crônica anunciada de um fracasso.

Ei, ei! Bola no travessão superior da Nigéria. A França quer mais tecnologia. Não foi gol, mas cadê as provas, cadê?!?

Cadê a Dilma, cadê. Bolas, ela é quem gosta que mostrem as provas. Tá não adianta reclamar. A Dilma não está. Deixa assim pra ver como é que fica.

Tá, nem precisa mais. Ninguém precisa mais da Dilma. Paul Pogba, aquele afro-negão de 21 anos de idade, dois metros de altura e um esquilo na cabeça acaba de enfiar para dentro das malhas da Nigéria. Um a zero para a França. Não há a menor necessidade de prova nenhuma.

Fica a lição para Dilma Vana que nem lá estava - pelo medo ou pela paixão de ser ovacionada - que, quando as coisas são assim evidentes, não há a menor necessidade de exigir provas, nem de sair por aí vociferando "cadê as provas; cadê?!?". Foi gol e pronto.

E por falar nisso, usando o linguajar dos dinossauros narradores, já ao apagar das luzes do espetáculo, o zagueiro nigeriano Yoba deu cifras definitivas ao marcador e meteu de charles contra o próprio país. Não, ele não traiu; ele foi traído pela sorte.

E assim se feriu mais um confronto entre França e Nigéria. Os franceses já estão nessa Copa com um pé na cozinha. Muito mais perto da taça que os seus fregueses de caderno.