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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A PRAGA E A BENÇÃO

Como nunca fui, não sou e não serei santo, me dou o direito de valer-me da inversão da bênção angelical e, como se me fosse dado o poder de concretizar de maneira inexorável e definitiva o fim dos atuais partidos políticos, eu lhes rogaria aqui, agora e para sempre, uma praga pelo bem dessa nação que anda de joelhos e se deixa humilhar e enganar. Nada assim de muito colérico, nem de tão vingativo assim, decerto, No entanto, definitivamente desprezível.

E bradaria então contra eles com as minhas mais profundas forças da desarmonia: "Sejam esses impérios eivados de parcialidade dizimados de vez; e que caiam mentiras sobre mentiras, dissimulações sobre dissimulações, golpes sobre golpes e que, pelo poder da destruição dessa maldição, de sua queda não reste pedra sobre pedra".

E só depois então, cumprida a esconjuração, conceder-me-ei o poder da bendição para que caia sobre o povo e se faça política sem favores outros que não sejam a graça de exercer nas eleições o pleno gozo de mostrar que a vida é a arte da escolha.