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domingo, 19 de outubro de 2014

YO CREO EN EL MAGO DE PETROZORRA
Domingo é dia de rebuscar as escritas. Daí o fortuito uso de um portuñol eventual. Yo creo en la lengua suelta del mago de Petrozorra

Paulo Roberto Costa, o Paulinho da Petrozorra que há bom tempo foi indicado por Lula para ser diretor da estatal que hoje está pelas caronas, entregou mais um peixe graúdo saído das águas turvas do mar manchado de petróleo que a governanta da casa não manda limpar.

Em vez da Polícia Federal, em vez do Ministério Público, em vez dos organismos ainda imaculados da Justiça, quem deveria estar tratando disso era uma dessas organizações de defesa da ecologia. É muita sujeira contaminando o Brasil.

Dessa vez, trata-se de um peixe frito. Paulinho, da Petrozorra disse à Justiça que a campanha da senadora mal votada, a Barbie da Casa Civil da Dilma, recebeu R$ 1 milhão de propina.

Vejam lá, quem recebeu foi a "campanha", um ser animado e desumano, com vários braços e pernas sempre prontas para correr.

A loura senadora nega as acusações e garante que todos os repasses para a sua campanha em 2010 foram declarados à Justiça Eleitoral.

Que droga! Grande coisa. Declarou o que gastou, não disse de onde tirou. E dinheiro de vaquinha virtual, não vale mais. Delúbio, Zé Dirceu e Zé Genoíno esculhambaram com esse tipo de mutreta.

E aqui, minha indignação me projeta para um desses paraísos caribenhos, na esperança de não saber mais dessas vigarices e cambalachos. E, como é domingo, pronto lhes aplico o portuñol.

Así es que, dadas todas las peticiones cantaré parte de un bolero: "...Por mi parte, te devuelvo tus promessas de agradarme y ni siquiera siento pena de dejarte, pues tu llevas en el alma cicatrizes, imposibles de borrar".

Pronto, cantei. Cantei, cantei, como é cruel cantar assim... Epa aí já é Cauby. Melhor parar por aqui. Volto, pois então, à vaca fria que ainda não tossiu.

É que, como minha memória vai além da Missa de 7° Dia, eu ainda não esqueci daquela grana enfurnada quando da saída da Barbie de Furnas para a sua entrada no governo Dilma. Passado é passado, né não? E repassado.

E querem saber de uma coisinha mais? Eu acredito num salafrário acuado, prensado contra a parede. A palavra de honra dele vale tanto quanto a palavra dos que com ele trambicavam e que ainda não foram varridos de cima do tapete vermelho pela faxineira do governo.

E creio no único punido da Petrobrás até agora porque, se o trambiqueiro mentir está ralado de cabo a rabo, de fio a pavio. Perde a delação premiada. E Paulinho é embusteiro, mas não é louco; não come meleca nem rasga dinheiro.

Agora, se a senadora, ex-dona da Casa antes habitada por Dirceus e Erenices, disser que não, se ela fincar pé e negar tudo, é bem provável que nada lhe aconteça, a não ser ter que "devolver o dinheiro" - como recomenda a president@ Dilma Vana, quando está naqueles dias.

Daí porque, meus preclaros amigos, Yo creo en la lengua suelta de el mago de Petrozorra.