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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

NÃO DEMORA NADA A
MINHA CASA, MINHA VIDA CAI

Mal e mal procurou um pouquinho, porque já não dava pra segurar, e a Petrobras encontrou o que chama de "ativos supervaliados" em R$ 88,6 bilhões. 

Sabe o que eles querem dizer com "ativos"? Pois ativos, são negócios, negócios bons pra uns e péssimos para a Petrobras. 

E sabe lá você o que é que os súditos de dona Graça Poster querem dizer com "superavaliados"? Querem dizer cambalacho, preço arrombado, cofre estourado. 

Dito isso e para que não reste a menor dúvida, saiba que isso está anunciado só sobre aquilo que foi citado até agora na Operação Lava-Jato. A Petrobras é o Vasco e o resto é o resto. Isso é só para o mexe-mexe relativo ao campeonato do terceiro trimestre do glorioso ano passado. 

A coisa toda está explicada na mais popular linguagem de enrolando-o-lero de qualquer vestiário, a páginas tantas do Regimento Interno da estatal, editado na noite desta terça-feira para quarta-feira surpreendentemente primaveril.

É ali que a Petrobras confessa em economês fajuto que “os aspectos relacionados à necessidade de correção dos valores de determinados ativos imobilizados, a impraticabilidade de quantificar o valor exato a ser corrigido e a avaliação de duas abordagens alternativas consideradas pela Companhia em substituição à mensuração impraticável destes valores.”. Morô, meu? Nem eu. Quer dizer, manjei.

É que a Petrobras não perde a vergonha e nem o fio da meada. É que a primeira destas abordagens seria, vejam só, a “aplicação do percentual médio de 3% de pagamentos indevidos, apontado no depoimento do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto da Costa à Justiça Federal em 08 de outubro de 2014.”. 

E ainda completa com estilo que “o efeito potencial desta abordagem seria de uma perda estimada de 4,6 bilhões de reais” — ou seja lá o que Deus quiser, só o valor das propinas. Só a propina, minhas queridas e meus queridos. Estou "estarrecido".

Mas a Petrobras, não. E por isso até é que ela explica, mas não justifica: “Essa abordagem não foi adotada porque os depoimentos não proporcionam, até o momento, detalhes suficientes em relação a pagamentos específicos que sustentem um lançamento nos livros e registros da Companhia,”. 

Epa, como assim?!? Vai ser bom, não foi - disse agora, lépida e faceira, a coelhinha da estatal.
E já pulou a cerca para a segunda abordagem, onde o que se discute é a “avaliação contratada pela Petrobras para calcular o valor justo de determinados ativos.”
Nesta ato explícito, a turminha braba diz na maior coelhagem que "a Companhia procedeu a avaliação econômica de determinados ativos pelo 'Valor Justo', de acordo com o CPC 46 parágrafo 9, recorrendo a consultoria externa. Para tal foram contratadas duas firmas globais reconhecidas internacionalmente como avaliadores independentes.”. 

E vá a gente agora saber o que é CPC 46 parágrafo 9 do cacete a quatro! Fazem isso de propósito. Só para tripudiar: - Sabe o que é CPC? Ora, então vai pra PQP!

Seguinte, minhas querida e meus queridos, estou estarrecido, mas em verdade lhes digo: a Petrobras não é de confiança. Não sabe o que roubaram e nem quanto roubaram os caras que meteram a mão pra burro por lá. 

Mas, sabem perfeitamente que a roubalheira começou quando o Lula era presidento da República e a Dilma president@ do Conselhão. Isso eles todos sabem, mas até agora não disseram. O Cerveró quase começou a dizer ontem, mas deu pra trás. 

Ele não tem a menor vocação para Celso Daniel e nem o Sérgio Moro taí pra se prestar ao papel do argentino Alberto Siman.  Uma coisa é certa, não demora nada, a casa cai. Ou não.