CASA DE TOLERÂNCIA
E então, nesta festiva e alegre República, enquando intolerantes marchas e passeatas com beijaços de bigodes com bigodes e batom com batom atraíam nossa estupefação para a presença homo-etnofóbica de um pastor na inócua Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, João Paulo Cunha e Zé Genoíno, dois condenados à espera de uma cadeia, assentavam seus traseiros, sem um só pontapé, na proeminente e decisiva Comissão de Constituição e Justiça. Pelo menos a banda de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros fez a sua parte. A sociedade restante cruzou mais uma vez os braços. E assim se constrói uma grande casa nacional de tolerância. De tudo isso ainda acho que homoafetivo não tem que ser homoafetado.
VALE TUDO
Esse regime iniciado por Lula em 2002 destroçou o velho dito popular de que "feio é roubar e não poder carregar". Com a estratégia da coalizão pela governabilidade, surgiu o maldito popular oficioso "no poder, feio é perder". Com eleições de dois em dois anos Tim Maia já era, agora vale tudo, até "dançar homem com homem e mulher com mulher".
ALUNO DE FUTURO
Cena corriqueira: no Rio de Janeiro, um aluno de 15 anos espancou a diretora do colégio. A agressão ocorreu dentro de uma escola pública em Piedade. A vítima, com hematomas no rosto está em estado de choque. A diretora nunca mais vai à escola; o agressor nunca mais vai ser reprovado e amanhã estará passando pelo Enem e chegando à universidade sem saber o Ó que é redondo, dá uns tabefes por aí e passa no exame da OAB. Se duvidar, vai trabalhar como terceirizado no MEC. Se nada disso acontecer, o patife pode até ser agraciado mais adiante com um título de doutor honóris causa.
PÁSCOA
Agora é a hora do ovo de Páscoa. A criança brasileira já cresce catando ovos de coelhinho. Chega à escola e vira adulto pensando que coelho bota ovo. A galinha escapa da Páscoa com a mesma facilidade com que o peru morre de véspera no Natal.
