SÓ DIARISTAS
Quando deputados e senadores se reúnem dentro daquela que é safardanamente chamada a Casa do Povo, tudo que estiver ruim certamente sairá muito pior. A última catilinária foi essa Lei das Domésticas. Os abastados legisladores só pensaram nas eleições do ano que vem. A pirotecnia vai queimar o filme daqueles milhões de migrantes que em busca de abrigo, casa, comida e algum dinheiro que nunca viram antes se conformam em ser empregados domésticos, faxineiros e lavadores de sanitários para sobreviver. Ninguém limpa a sujeira dos outros por vocação. É uma profissão criada pela necessidade de subsistência. Pois, são esses justamente os que ficarão sem casa, sem abrigo e sem comida. Passarão a ser diaristas - única faixa que ficou à margem da cruel e politiqueira invenção trabalhista dessa pandilha de malandros que não sabe o que é trabalhar para ganhar a vida.
FICA ASSIM
A propósito, enquanto essa bagunça em forma de lei não for regulamentada, fica tudo como dantes no quartel de Abrantes.
CADÊ O MANIPULADOR?
Dilma Vana quando não lê diz cada coisa. Ontem, com o seu jeito exibido de ser, disse o que não devia dizer sobre o crescimento e o combate à inflação e, quando viu que as bolsas e a confiança dos investidores despencaram, se desdisse e botou a culpa em um manipulador de informações desconhecido. O manipulador está sendo procurado até agora. Se for encontrado merece ser preso. Se não existe fica tudo por isso mesmo. Cadê o manipulador, cadê?!?
O LOBISTA
Lula, flagrado com a boca na botija, intermediando negócios das empreiteiras que garantiram suas campanhas políticas e gordo saldo bancário para seu instituto de palestras, resolveu assumir sua múltipla personalidade de caixeiro-viajante, consultor, lobista e garoto-propaganda bem sucedido: "Se tiver que vender linguiça lá fora para o bem do Brasil, eu vendo". É, o Brasil tem lucrado muito com isso. Ele é quem está cada vez mais pobre. Esse amarra cachorro com linguiça. Com essa declaração oficiosa, Lula se consolida como consultor paraestatal de negócios internacionais. Isso, no entanto, não lhe dá o direito de botar a coisa pública na privada.