Enquanto a Moody's - agência mundial de classificação de risco de crédito rebaixa a nota da Petrobras, numa decisão que revela os precário estado de saúde financeira da ex-maior empresa brasileira, cujo endividamente cresceu 111% em 2 anos e meio, o confiabilíssimo ministro Edison Lobão, das Minas e Energia de Dilma Vana, se prepara para anunciar a descoberta de mais uma "maior reserva de petróleo".
É a volta triunfal do velho golpe da riqueza do pré-sal que Lula tanto usou sempre que uma crise rondava o Brasil. Desta feita a descoberta vai ser anunciada por Lobão durante uma "visita oficial" a Aracaju, capital de Sergipe nas próximas semanas.
Dirá que a "maior reserva de petróleo fora da região do pré-sal" pode render cerca de 3 bilhões de barris in situ". Como assim, "pode render"...
E se não render? E se Lobão não merece que se lhe dê essas confianças? Em tempo: "in situ" quer dizer "no lugar". Isto é, lá está - se estiver - e lá pode ficar e os brasileiros ficam com o anúncio cheio de cínica euforia e vazio de conteúdo.
De verdade, verdadeira mesmo, o que esse velho golpe quer dizer é que, se Getúlio Vargas gabava-se de que "o petróleo é nosso", hoje no Brasil da Silva, "o petróleo é voto.
