ORA BOLAS
Com a cabeça em outras coisas que, porque hoje é sábado, não me são dadas fazer, eu me aferro ao hábito de escrever que me acompanha desde os tempos do meu bom primeiro colégio na vida, o São Francisco de Assis, aí na minha Pelotas, a pátria pequena que eu tenho no Sul.
Daqui a pouco, da poltrona da sala, vou ver Neymar dar mais um show de bola. Desta vez é contra a perigosíssima Coréia, um time incansável a tal nível que não há quem não desconfie de que, no intervalo os 11 jogadores sejam trocados por outro 11 atletas descansados e prontos para a luta. Os coreanos são todos iguais.
Enquanto isso, dou uma bisolhada no Open de Shanghai. Tênis de primeiríssima linha. O que me faz lembrar que o nosso tênis profissional vai tão bem que o brasileiro de maior sucesso internacional na modalidade é Carlos Bernardes, juiz de cadeira. E de esporte, por enquanto, deu pra bolinha.
LULA, O ESTULTO
Falando de gravata e camisa italianas, terno Armani e sapatos de cromo alemão, Lula disse num tal de 3ª Conferência Global sobre trabalho infantil que "tudo que a gente dá para os ricos é investimento, tudo que a gente dá para os pobres é gasto".
E assim, com cara de São Francisco de Assado, ele mente que tudo que dá para os ricos não tem comissão de lobista nem de consultoria e que tudo que dá para os pobres sai dos cofres do PT e não da República que tomaram de assalto.
O que Lula diz pouco importa, o estrago do que ele diz é feito pela repercussão que a mídia entorpecida e domesticada dá as suas estultices.
Ainda assim, Lula não perdeu tempo e baixou a lenha na mídia: "É uma pena que coisas banais sejam tratadas de forma sensacionalista".
Banal para Lula é o mensalão; é o Lulinha ficar rico da noite pro dia; é carregar 11 caminhões de mudança com crucifixo dos outros e tudo; banal é o chatô de Rose em São Paulo; o lobby malfadado dos caças franceses; os perdões de dívidas africanas bilionárias; banal é o PAC empacado; da Copa do Mundo desbragada; banal é ministro se jogando da janela dos ministérios para não sair pela porta dos fundo da Esplanada. Banalização é isso: mais de 200 escândalos em 12 anos de poder.
E é bom a gente ficar por aqui, porque hoje é sábado, pode haver um padre à paisana e sempre há a perspectiva do domingo.
