Pense num trio harmônico e cheio de ideias e ideais: taí ó, Serginho Ross, Wilson Lima e Carlos Eduardo Behrensdorf. Eles invadiram Brasília quando Brasília era Brasília e a Manchete era o ponto G das comunicações sociais no Brasil.
Pois ontem, Serginho Ros se foi. Faleceu aqui na sua Brasília, às vésperas de completar 80 anos de idade. Seu corpo será velado a partir das 10h desta quinta-feira, na capela nº 5 do Cemitério Campo da Esperança. Serginho será levado para cremação, em atendimento a uma decisão do próprio Ross.
Foto de 1983/Reprodução pelotascultural.blogspot
Serginho Ross foi um amigo leal que conheci quando há 36 anos cheguei em Brasília. Dono de histórias incríveis pelas quais passou e mandou seus repórteres passarem, Serginho foi sempre uma das pessoas mais queridas
de Brasília: “Gaúcho de Bento Gonçalves, formou-se em jornalismo nos
anos 1950, tornando-se fundador do jornal Última Hora, com Samuel Wainer, passando depois para a revista Manchete, como correspondente na capital gaúcha.Serginho, dizia sempre que jogou no Grêmio, como ponta esquerda. Acho até que chegou a me mostrar uma foto comprobatória. Ele participou da resistência de Leonel Brizola na luta pela posse do presidente João Goulart, em 1961, e disso ele tinha fotos.
Levado por Adolfo Bloch para trabalhar no Rio de Janeiro, foi assistente da direção e depois diretor da Manchete. Participou da cobertura de muitos eventos internacionais, como a Guerra dos Seis Dias, em Jerusalém.
Já diretor da Manchete em Brasília, tornou-se o principal assessor do ex-ministro dos Transportes Cloraldino Severo. Depois voltou para a direção da Manchete, já nos tempos da TV, ficou em Brasília até a dissolução da empresa.”
Sergio Ross era viúvo da pelotense Iara Miguens; deixa duas filhas, quatro netos e Brasília muito mais triste e sem graça.