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domingo, 10 de agosto de 2014

JOVENS DESILUDIDOS
Depois dos protestos de 2013, caiu o interesse dos jovens por tirar título de eleitor. O cadastro de adolescentes entre 16 e 17 anos passou de 37% para 26%. O voto nessa faixa de idade é facultativo. E, pelo visto, está ficando mais inteligente.

DUAS ESPÉCIES
Há uma cultura eleitoreira nesse Brasil Dilma da Silva que mostra sem medo de ser feliz que para ganhar uma eleição o candidato precisa fazer favores, vender esperança e ter ligações certas com as fontes certas. Veja que usei "fontes" certas e não pessoas certas. É que esta nação é povoada hoje por duas espécies de habitantes: as pessoas e os políticos.

O ESCÂNDALO DAORA

Meire Poza, a contadora do doleiro Alberto Youssef, rufião da coisa pública, agora está contando pra valer.

Ela disse à revista Veja - terror semanal da politicalha - que o esquema do expedito patrão beneficiava políticos do PT, PMDB e PP.

Mas que coisa, né não?!? Esse filme já passou. Os protagonistas são os mesmos de sempre.

E o que foi que eu disse? Bastou aparecer o caso do Aeroneves, para surgir um escândalo muito maior envolvendo o PT e suas siglas associadas para acabar com a inveja e levantar o ânimo do partido que precisa recuperar o cartaz e os votos que vinha perdendo.

Já tem palanque governista vibrando: Oba, essa Meire é daora!

DE CALÇA ARRIADA

Astro-rei da Operação Lava Jato, o doleiro futricão da República dos Calamares, Beto Youssef, já acenou com a artimanha da "delação premiada". Agora sim, esse cara vai tirar até as calças dos seus companheiros de lavanderia.

Para escapar das grades diz que vai lavar a roupa suja fora de casa. E, pelo que tudo indica, nos quaradouros da do Ministério Público Federal.

Não é por nada, não que Meire Poza já anda posando de falastrona arrependida.

Ela é, não duvidem disso, a ponte por baixo da qual vai correr a água que já começou a afogar os companheiros bons e batutas que deixaram o parceiro Youssef na mão na hora em que ele foi flagrado com a boja na botija.

Só para que não passe em brancas nuvens, Youssef já fez isso em 1990 naquele esparramo do Banestado, quando o presidente do Brasil era ninguém mais, nem menos do que Fernandinho Beira-Collor. Quer dizer, o cara tem know how, há que se respeitar.

Tomara que o Ministério Público aceite. Youssef vai tirar até a última nota de dólar que repartiu com a companheirada boa a batuta.

Vai tirar deles até as calças; vai tomar tudo de volta até o buzanfã bater palmas. Ou acabar como um Celso Daniel.

Uma coisa é certa: só por causa desse aviso de delação premiada, já tem parceiro graúdo de calça arriada. Parceiro graúdo e, se você quer saber, "nanico diplomático" também.