NOTÍCIA É A VERSÃO QUE ESTÁ NAS ENTRELINHAS

domingo, 10 de agosto de 2014


NA RUA, INDEVIDAMENTE

Depois de amanhã, notável terça-feira gorda para malfeitores públicos e notórios, Zé Genoíno e o Jacentes (Jacinto, uma privica!) Lamas vão relaxar e gozar em casa. Receberam do Supremo Tribunal Federal do Governo do PT, o benefício do regime aberto que tanto fizeram por merecer.

Eles vão para casa sem devolver um centavo dos mais de R$ 100 milhões que sumiram no ralo sem fundo do esquema do mensalão.

Só esse calote seria o bastante, não fosse o STF o tribunal que é hoje, para impedir esse deboche com ares de progressão de pena.

Pela lei, em casos de crimes contra a administração pública, a progressão só pode ser concedida aos malfeitores mediante a "devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais".

Os cofres públicos nunca mais viram e nem sentiram sequer o cheiro do dinheiro roubado.

O ministro companheiro Luiz Roberto Barroso não viu isso; se viu, arrepiou a lei e a justiça. É outro que emite autorizações sem ler direito o que está assinando.


RODAPÉ - Aqueles R$ 667,5 mil que ele conseguiu com a artimanha da tal zombeteira vaquinha-web não têm nada a ver com isso. Aquilo foi multa imposta pelo Supremo Tribunal Federal, quando estava sob antiga direção.

DEMOCRACIA PERIGOSA

Essa democracia está cada vez mais perigosa. O governo está governando demais. E está gostando. Manda prender e arrebentar por causa de uma Copa, imagine o  que não vai fazer por uma eleição. Pior ainda, por uma reeleição.

Por orientação do Planalto, os presidentes das comissões mistas especiais do Congresso Nacional já não encerram as sessões, eles apenas "suspendem os trabalhos".

Essa tramoia dá direito a que o presidente - sempre um companheiro bom e batuta - use o quórum do primeiro ato da farsa para reabrir a sessão.

É quando, na boa, as Medidas Provisórias - entulho ditatorial do governo - são aprovadas com a bastante presença de um só parlamentar.

Isso é burla, golpe, maracutaia, cambalacho, galezia, falcatrua.

É a cara de um Poder Legislativo que anda de arrasto, ajoelhado e nu diante de um governo que vestiu a democracia com armadura.

Detalhezinho, sem qualquer importância republicana: os ínclitos Romero Jucá (PMDB) e Zé Pimental (PT) são os que escolhem, sob o jugo da Casa Civil, o relator e o presidente de cada comissão. A manobra é mais nauseabunda do que passar gabarito para os depoentes de uma CPI. É jogo de carta marcada mesmo.

Fosse naqueles filmes de caubói passados dentro de uma daquelas barcaças do Mississipi, o mocinho já teria enchido de furos as barrigas dos bandidos trapaceiros. E o final seria feliz, desde que o mocinho não beijasse a mocinha.

Voltando à realidade, o roteiro no Brasil Dilma da Silva mostra que a democracia está ficando cada vez mais perigosa. Prepare-se o que é seu tá guardado. Não diga, depois que não foi avisado.