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quarta-feira, 16 de julho de 2014

FILSOFOPOPULANDO E ANDANDO

Começo o dia querendo saber o que a Dama da Copa quer fazer com esse Ano de Eleição no País do Futebol que acaba de saber que Deus já não é mais brasileiro como a gente pensava que, um dia, Ele foi.

Quero saber também o que pensam seus disputantes mais próximos - "disputantes" é boa - nessa corrida rumo à rampa. Epa! Quem sobe a rampa é rampeiro. Se sobe a rampa de batom e salto alto, então, melhor nem falar.

Acordei querendo saber coisas simples, dúvidas corriqueiras que abundam por aí. Querendo saber se eles pensam o que penso de besteirinhas abundantes necessárias à minha decisão de como e em quem depositar meu voto na urna, dia 5 de outubro.

Coisinhas bobas tipo assim: democracia, governo, igualdade, poder, política, povo, socialismo...  

Quero saber só por saber. Porque o que penso desses pequenos detalhes que incomodam as metamorfoses ambulantes da nossa politicalha, eu já sei muito bem: não adianta e nem vai dar em nada. E sei que para eles isso do que um cara do povo pensa pouco se lhes dá. O que eles querem mesmo é rosetar.

Mas porque sei o que e penso e o que eles pensam é que em 5 de outubro vou exercer o meu direito de eleitor facultativo. Vou de bengala em punho até a minha seção eleitoral.

Por desencargo de consciência digo a vocês o que penso dessas abstratizes do cotidiano de pessoas comuns que entram em filas, andam de ônibus, procuram preços e não as marcas do que compram em supermercados e se defendem como podem dos assaltantes de rua e dos ladrões de casaca.

Se encontrar um político que pense como eu, troco a bengala pelo voto quando chegar até a urna que nos espera. Vamos, pois, ao que penso e que por isso existo:

DEMOCRACIA - Para mim, a democracia consiste em fazer o povo acreditar que é ele quem governa; que todo o poder emana mesmo do povo. No fundo, no fundo, a democracia outorga a cada um de nós o direito de ser o opressor de nós mesmos.

SOCIALISMO - O socialismo é um serial killer: um contumaz matricida: mata sua mãe, a República; um desnaturado parricida, mata seu pai, o direito de liberdade.

GOVERNO - Governo é mais uma invenção da esperteza do homem, animal político, para conhecer e dominar as necessidades de um povo, de uma nação.

IGUALDADE - Igualdade só se consegue, nesse Brasil da Silva, quando a imploramos junto àqueles que nos são superiores. E custa caro. Eles cobram muito.

PODER - Ah, o poder. Na verdade, não julgo ninguém poderoso diante de mim quando sinto seu empenho em me diminuir. Se assim é com as pessoas, muito pior se me afigura e se me dá este sentimento diante de governos e regimes de poder.

POLÍTICA - No que é tido e havido como política, confesso que estou farto de líderes a quem a democracia degradou transformando-os em políticos. A política é a arte de tirar de qualquer situação, o melhor partido possível.

POVO -  Enfim, por hoje apenas, o povo! Ora, o povo. Direis, ouvir o povo. É a voz de Deus. E Deus já não é mais brasileiro. Mas o povo, por aqui, é brasileiro. Ele, o povo, é aquele que já não olha e nem aprende com a sua história; o povo, esse povo brasileiro, é também aquele que seus governos não deixam que olhe para o futuro.