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terça-feira, 18 de junho de 2013

Menos, Dilma. Menos...

Com cara de ressaca e de quem tomou uma ducha popular de democracia, a primeira-mulher-presidenta Dilma Vana anunciou nesta terça-feiras o novo marco regulatório para a Mineração, em Brasília.

Com medo dos azares do improviso ela leu no telepromter, como se estivesse fora do script, uma mensagem-resposta às manifestações que se alastram pelo Brasil: "essas vozes comprovam o valor intrínseco da democracia, da participação dos cidadãos em busca de seus direitos".

Foto/R.Stuckert/PR
E meio que saltitando nas linhas foi em frente: "Porque incluímos, porque elevamos a renda, surgiram cidadãos que querem mais e têm direito a mais. O meu governo também quer mais, para o nosso País e para o nosso povo. E mais disse do que "muito obrigada".

Mais não disse porque não viu nas manifestações que não a deixaram dormir direito que "surgiram cidadãos" que querem menos e têm direito a menos; menos corrupção, menos mensaleiros, menos ministros terceirizados, menos lobistas, menos consultores da coisa pública, menos gastança, menos impostos, menos desigualdade e menos injustiça social.

E menos até esses marcos regulatórios que, se não são para mineração podem ser - como o PT, Lula e Dilma desejam - para a liberdade de credo, pensamento e expressão.

Se não forem marcos regulatórios, amanhã ou depois, ou a qualquer hora, serão medidas provisórias - o jeito mais fácil de passar por cima do Congresso Nacional e driblar o Judiciário.