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quarta-feira, 12 de junho de 2013

São Paulo é Istambul

 Com Passe Livre, ou não, o Brasil está fora de controle

E então, o cenário do centro de São Paulo é Istambul, sem tirar nem pôr. E a luta é por centavos. O preço do ônibus não pode R$ 3,20. Bolas, parece pouco, mas não é. E o pior é que a luta nem trata agora das condições precárias da frota, do descumprimento de horário, de itinerário e da superlotação. Mas a luta continua companheiros! A Praça de Taksim é aqui, no centro de São Paulo. Por enquanto. Que no Rio já deu confusão também. O Brasil está fora de controle.

Reprodução/webmedia/ Centro de São Paulo
 E a gente vê, na TV, e quase nem entende. De ontem pra cá, eu vi quatro valentes policiais militares da tropa paulistana, algemando um covarde garoto bem vestido quebrador de vidraças. Um esculhambador de alta periculosidade, por certo.

E assim, enquanto Fernando HaHaHaddad comemora lá em Nova Iorque a queda de 14 pontos na popularidade do seu des/governo e Geraldo Alckmin ficade boca aberta diante de mais um novo tipo de violência urbana na sua capital, o Movimento Passe Livre vai ocupando os espaços que deestrói quando os encontra pela frente.

Para que se entenda um pouco o cenário de batalha campal que se dá na centro urbano de São Paulo, é bom saber que esse movimento tem as bençãos e o aval do V Fórum Social Mundial que acha "que um novo mundo é possível". Sua luta é pela - vejam só a pompa - "desmercantilização" do transporte coletivo e pela adoção da Tarifa Zero.

Reprodução/Webmedia/Centro de Istambul
Um movimento, pois, intelectualizado a ponto de ir à luta, posto que a luta continua, companheiros! E com vislumbres de federalização; isto é, um movimento que deve se espalhar pelo país afora e adentro. No fundo, no fundo o movimento Passe Livre quer que o transporte sais das mãos da iniciativa privada e passe para o sistema de serviço pùblico.

Isso até eu quero. A questão é que o serviço público brasileiro perdeu a vergonha. Ele próprio é terceirizado. O cidadão que é mal atendido numa repartição púiblica não pode nem sequer mover uma ação de prevaricação, porque o cara que o atende é empregado da empresa que é empregada do governo, qualquer dos nossos governos.

Então, voltando à vaca fria. Tudo parece muito bom e muito bem no movimento que sacode São Paulo e paralisa o transporte urbano, porque no papel o Passe Livre é  independente de cores e pretensões partidárias. E teria tudo para ter a cara do povo mal servido e mal atendido. Na sua estrutura básica

Reprodução/Webmedia/São Paulo à noite
Tudo muito bom, tudo muito bem, até que bem vestidos, organizadinhos, afinados em seus gritos e danças de guerra, passam à molecagem da depredação, do vandalismo, da provocação. Aí, pedem para apanhar.

E não tem nada que um braço armado de governo, qualquer governo, goste mais do que baixar o cacetete. A não ser atirar umas bombinhas de efeito moral e gás lacrimogênio.

Cacetete! Quando é que vai surgir no Brasil um movimento popular em que o povo possa confiar?!? De minha parte, esse movimento Passe Livre já perdeu o rumo e tem passe livre. E que passe de uma vez, antes que, de movimento se transforme na Federação Nacional Passe Livre - mais uma organização não governamental que sobreviva às custas do governo.