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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

SOBE TUDO DEPOIS
DE OUTUBRO

Prepare o seu coração, pras coisas que eu vou contar... E prepare o seu bolso. É tudo para depois das eleições. Uma coisa das coisas que vou contar: vai subir o preço da energia; outra coisa, vai subir o preço da tarifa de ônibus; mais outra coisa, vai subir o preço dos combustíveis. Moral da história, vai subir o preço de tudo que bate a sua porta, tudo que chega a sua mesa. 

Mas isso, só depois das eleições. Oficialmente. Porque subir, oficiosamente, já subiu o preço de tudo, mas o governo faz cara de paisagem. 

Depois do outubro vermelho, a alta vai ser em cima do que já foi pra cima agora. E, então, a gente mal vai poder esperar pela volta de alguma frustração tipo assim "fiscal do Sarney". Bom proveito.

COMPLEXO DE DIÓGENES

Porque hoje é segunda-feira, e porque não sou canhoto como o Felipão, levantei com o pé direito e abri o olho para o quadro político que a gente vai ter pela frente até outubro. Por mais que se sacuda a cabeça, por mais que se bata o pé e reclame, a saída é votar. 


E não tem aquela de escrachinar o eleitor porque "brasileiro não sabe votar". Sabe, sim. É que votar bem está difícil nesse Brasil Dilma da Silva. 

Mas, me deu um troço assim por dentro, uma chacoalhada na alma cívica, que me contou um segredinho de Polichinelo: "É difícil, mas não é impossível". 

E a voz da consciência em relembrou uma velha lição: "quem procura, acha". 

E então me decidi. Bolas, se não ouço as minhas próprias vozes interiores, vou ouvir o quê e a quem? 

Dei ouvidos a mim mesmo: - Vai, Sérgio Augusto, banca o Diógenes Século 21 e encontra um candidato honesto e de bons propósitos. 

E eu me ouvi e saí à cata. 

Para o Palácio do Planalto, nada encontrei além de um enorme apagão. Cruzes, como a gente se distraiu nesse Brasil. Não há luminares para já. Vou ter que andar de lanterna por mais um bom tempo até que encontre alguém com luz própria para gerenciar esse País. 

Para exercitar meu direito compulsório de escolha decidi que vou votar em alguém que tenha um programa de trabalho para coisas simples como consagrar definitivamente que a saúde seja um direito do povo; que lute pelos aposentados; que derrube o famigerado fator previdenciário; que faça cumprir a lei da acessibilidade; que trabalhe pela qualificação da educação, do ensino, da pesquisa, da extensão; que busque o equilíbrio e a segurança pública para todos nós. 

Só isso, nada mais que isso, apenas isso, já ganha o meu voto. 

Como o meu domicílio eleitoral é Brasília, Capital da Esperança que não se cansa, malgrado seus degradadores de sempre, quero votar para um candidato distrital, versão parlamentar do Distrito Federal e dar meu voto a um concorrente à Câmara Federal. 

Não me preocupo em encontrar ninguém para a Câmara Alta, porque o Senado é apenas uma verruga no lombo de um antiquado, desnecessário e mastodôntico sistema bicameral. 

Basta-me a Casa do Povo com um prato só, como nesta imagem editada por Helena Minchi, em dezembro de 2010.

Fico então com essas duas agulhas no imenso palheiro nacional: um aspirante à Câmara Distrital e outro à Câmara Federal. 

Pronto, de um Diógenes só, estarão saindo em outubro, dois votos de plena confiança em pessoas de boa índole, de propósitos sérios e honestos que, muito mais do que apenas fazer saber, sejam aptas e reconhecidas por saber fazer. 

Acho que, ainda hoje mesmo, eu encontro esses dois raros exemplares da política nacional. Ou não me chamo Sérgio Augusto de Oliveira Siqueira. Ops, Diógenes. Versão 2014, é claro.