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domingo, 17 de agosto de 2014

VAIAS LEVES E SALVA DE PALMAS
Salva de palmas em velório já se viu em honra e glória ao corpo e alma do finado

Foram vaias leves. Dessas que têm a vida breve, que precisam vento sem parar. E, no entanto, foram vaias. Prontamente abafadas por uma bem combinada e orquestrada salva de palmas.

E por incrível que possa parecer tratava-se de uma cerimônia de pompas fúnebres.

As vaias leves, em respeito ao corpo presente do querido e falecido governador pernambucano, Eduardo Campos, desrespeitavam Dilma Vana, Lula e um petit comité do governo que sempre desagrada ao respeitoso público.

Aonde quer que vá, Dilma Vana é recebida assim. Mas, ela agora se superou. Inaugurou o apupo em velório, fato inédito na história de exéquias no mundo inteiro.

A menos que isso tenha ocorrido lá num banco de areia da Líbia, na cerimônia de sepultamento do amigo, irmão e companheiro Muammar Khadaffi e a gente por aqui não ficou sabendo de nada.

O detalhe é que, se Khadaffi foi vaiado, tratava-se do enterro dele e de ninguém mais.

Assim é que, como o Brasil da CBF foi a única seleção que levou 7 a 1 numa semifinal de Copa do Mundo, Dilma Vana é agora a única president@ de uma República que tomou vaia em um velório alheio. É o ineditismo pelo avesso.

RODAPÉ - A bem da verdade, ressalve-se que salva de palmas em velório já se viu em honra e glória ao corpo e alma do finado, mas para alguém que vem chegando é coisa rara. Nunca antes na história desse país apupos e aplausos haviam coroado um funeral.