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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

NO CÉU

Edir Macedo não é fraco, não. Contabiliza 1 milhão e 800 mil fieis na sua igreja Universal que também é do Reino de Deus e inaugurou ontem um templo milionário no centro de São Paulo. Um lugar, onde quem paga mais barato para chegar, gasta R$ 45 de transporte.

E, porque apóia a reeleição da president@ Dilma Vana lá estava ela na primeira fila, ao lado do bispo e com Michel Temer, Aloízio Mercadante e o poste mal iluminado, Fernando HaHaHaddad.

E não estavam sós, havia milhares de fieis de frente para autoridades de todos os coturnos civis e militares, inclusive Geraldo Alckmin que não gosta de perder voto.

Se Alexandre Padilha estava lá, ninguém sabe, ninguém viu. Até por quê faltou luz no templo que padeceu seis minutos de apagão.

O Templo de Salomão levou quatro anos para ser erguido, tem 100 mil metros de área construída, uma altura equivalente a um prédio de oito andares e não tem alvará do corpo de bombeiros. Houve discurseira, muito mais do que reza. Mas, no fim, todos terão seu lugar garantido no céu.

MILAGRE DOS PEIXES
Está confirmado: Edir Macedo não será convidado por Dilma, em caso da president@ ser reeleita, para ser seu ministro da Pesca. Fica adiado assim o Programa Milagre da Multiplicação dos Peixes que até slogan pronto já tinha na gaveta: "Não dê o peixe; ensine a pescar". É que o Ministério, tal qual a espécie aquática, está ameaçado de extinção.

SOB NOVA DIREÇÃO
Hoje, 1° de setembro é dia de reabertura dos trabalhos no Supremo Tribunal Federal. Joaquim Barbosa pulou fora ontem. Com isso, não ficou um dia sequer sob a nova direção. Não deu a Lewandowski - que vai assumir a presidência da Corte, por tradição - e nem a Carmem Lúcia o gostinho de sequer participar da sessão que indicará seus nomes para dirigir o STF.

CONSELHOS POPULARES

Está marcada para terça-feira a sessão da Câmara que votará o projeto de Dilma Vana dando poderes aos Conselhos Populares - um modelito que deu certo na velha União Soviética.

A proposta está condenada pelos deputados. Não por ideologia, mas por disputa de beleza. Os parlamentares acham que teriam seus poderes diminuídos.

Uma vez derrubada a pretensão socialista do governo Dilma, a matéria vai para o Senado. E lá, a democracia sempre corre grandes riscos.

NECESSIDADES POLÍTICAS

Tanto faz, como tanto fez quem seja governador de São Paulo, mas o fato é s´po para que se tenha ideia de como a política no Brasil da Silva é mesmo pura fisiologia.

Paulo Skaf, do PMDB, continua não querendo dividir palanque com Dilma Vana que é dona das vontades de Michel Temer, presidente do partido.

Pronto, Michel Temer já deu o troco: adiou evento de apoio a Skaf, agendado para o dia 8. O encontro seria no Sindicato dos Engenheiros e teria a participação de representantes de 62 diretórios. Foi adiado sine die.

É bem assim. Bem como sempre digo: político brasileiros só se dá por satisfeito quando consegue satisfazer suas necessidades fisiológicas.