O governo e o Congresso Nacional falam na Medida Provisória dos Portos com tamanha naturalidade como se uma MP não fosse um instrumento ditatorial. Como se uma MP não fosse uma ferramenta de estrinicar os ossos de qualquer democracia, porque dá a um presidente seja lá quem for - de pijama ou saia justa - o poder imperial, acima do Parlamento e do Judiciário.
O singular nessa MP dos Portos é apenas o silêncio do vice-presidente Michel Temer. Parece até que ele não tem nada a ver com isso. Silêncio sepulcral como este de Temer - o Bom das Docas de Santos, só mesmo o de Lula diante do escândalo Rosegate, e da prisão dos 12 corintianos na Bolívia.