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sábado, 3 de agosto de 2013

Brasil, o Aprendiz do Futebol

Depois de ser o que foi, o Brasil é um decadente aprendiz do futebol. O Barcelona brincou de jogar bola com o Santos e acachapou uma goleada desmoralizante de 8 a 0, assim como a vovó lá em casa amansa o gatinho de estimação com um novelo de lã.

Neymar, o Rei da Bola aqui no Brasil, não passa de um acanhado coadjuvante de luxo, com cara entristecida e encabulada no meio do elenco reserva do Barcelona. E Neymar já não nos pertence.

Não sobrou mais nada para o Brasileirão que tem como principais protagonistas, dois venerandos e saudosos atletas, Alex do Coritiba e Zé Roberto, do Grêmio.

O Brasil da Silva se revela impoluto uma vez mais. A estratégia da esperteza e da enganação tomou conta também do esporte preferido dos brasileiros.

Assim como na política, onde o slogan e publicidade valem mais do que a realidade, no futebol os administradores se comportam como incapazes espertos e enganadores especializados profissionais da ganância desmedida que enriquecem desmesuradamente enquanto o esporte e país empobrecem.

O Brasil, País do Futebol definha nas mãos de dirigentes incompetentes para o esporte, mas de enorme vocação para viver comendo bola; os árbitros são ajeitadores de resultados e, ao invés de aplicar a lei do jogo salvam no apito a própria pele e roubam a cena de qualquer espetáculo; os treinadores são todos manos que deveriam viver em Luxemburgo, ou em qualquer outro cafundó do mundo esportivo; os craques hoje são traques e os papas da mídia esportiva são os grandes formadores de opinião no país, desde que escondam o que sabem e digam o que a máfia que dirige a CBF, as Federações e os clubes querem que eles digam.

Esses 8 a 0 de um Barcelona brincalhão pra cima do Santos que, um dia, foi de Pelé, demonstram apenas que até no futebol o Brasil da Silva perdeu a vergonha de ser humilhado e que seu povo perdeu a capacidade de indignar-se com quem se apropria de tudo que pertence ao povo, na mão grande do tamanho de estádios bilionários, no achaque, na galhofa desbraguelada.

De minha parte - louco que sempre fui por futebol - vou me dedicar à prática de compassadas caminhadas matinais e a uma leve e bem dosada corridinha aos entardeceres.

Nessa modalidade não preciso me curvar às regras do jogo sujo dessa pandilha que toma conta do Brasil da Silva. Estarei livre desses dominadores implacáveis, tomando todo cuidado - é evidente - com as regras do trânsito maluco que eles nos impingem. Ei, alguém aí quer comprar a minha TV? Tá de barbada, é ótima, mas já não me vale de nada.