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sábado, 17 de agosto de 2013

Grande Mídia... Grande Coisa!

Grande coisa a grande mídia. O Brasil está passando diante dos seus olhos e ela só vê o que os seus patrões e os patrocinadores de suas pautas querem que ela veja.

O Brasil está mudando com as mobilizações indignadas e bem-comportadas, mas o que merece chamada de capa nos jornais e manchetes no horário nobre das TVs são os protestos irados, mal-intencionados de grupos mascarados e violentos, a soldo e comando dos verdadeiros depredadores do patrimônio público, portadores de mandatos republicanos, fantasiados de gravata e colarinho branco.

Na quarta-feira, dia 14, cerca de 6 mil manifestantes ligados às instituições que defendem a causa das pessoas deficientes e que fazem por elas o que governo algum brasileiro fez até hoje, ocuparam a Esplanada dos Ministérios para impedir a votação da Meta-4 do PNE, Plano Nacional de Educação.

A manifestação, tão pacífica e ordeira quanto firme e fortalecida pela razão e pela verdade, não atrapalhou o trânsito, não injuriou pessoas nem organismos públicos, não depredou coisa alguma e, mais do que protestar, reivindicou direitos e justiça.

Pois a grande mídia, escrava de suas linhas editoriais, fez cara de paisagem. Grande mídia. Grande coisa! As instituições como Pestalozzi, Apae e organizações especializadas em Educação Especial, não precisaram de manchetes, de horários nobres, sequer de atenção da grande mídia.

Naquela quarta-feira de sol inclemente, quase meio-dia, um grupo de 40 representantes da luta pelos deficientes - eles formam uma nação de 46 milhões de brasileiros - foi recebido e ouvido sob os ares condicionados do confortável Congresso Nacional, a grande Casa do Povo.

Resultado: a votação foi adiada e a Meta 4 do PNE voltará à discussão no Senado com outro texto, mais humano, mais sensato, menos popularesco e muito mais cidadão.

Voltará sem o ranço do inclusivismo populista que meia dúzia de cabeças notáveis do MEC urdiram para mascarar a realidade.

Pelo que não nos conseguiram enfiar goela abaixo, os inclusivistas radicais - ao obrigarem por lei a matrícula dos deficientes em escolas da rede regular de ensino - acabariam com a exclusão social no Brasil.

Coisa parecida com a farsa do fim da miséria pela farta e pródiga distribuição de bolsas famiglia a cerca de 14 milhões de miseráveis brasileiros que hoje já nem precisam e nem querem mais saber de emprego e trabalho, já que logo serão tidos como integrantes da abstrata classe média.

A educação especial venceu o inclusivismo excludente. E mostrou que a manifestação de rua, indignada e ordeira, reivindicatória e verdadeira é o caminho que leva às mudanças e transformações sociais que o Brasil precisa.

Essa vitória passou pela grande mídia que não se deu conta disso. Não houve quebra-quebra, não houve violência, nenhuma depredação, nem estardalhaço. Então, a grande mídia não viu; comeu barriga. Grande mídia. Grande coisa! Chora de barriga cheia.