Aí, você acha que Dilma Vana indicou Teori Zavascki para o Supremo a troco de nada. Então tá. Mas pode ser que você esteja redondamente enganado.
Ele só não desmontou esta sua crença antes porque chegou atrasado no julgamento do Mensalão. E assim mesmo deu uma boa procrastinada no arremate final da mais longa costura jurídica da história da mais alta corte de Justiça do País.
Agora, com tempo e respaldo, ele mostra o avesso de Joaquim Barbosa e patrocina a maior micareta da existência do tribunal. Há um verdadeiro Carnaval fora de época em Brasília e entorno nacional; uma farra de políticos, lobistas, consultores graduados, empreiteiros e membros varonis do governo, pelo bunga-bunga promovido por Teori Zavascki que zavasckiou uma ordem de soltura imediata de todos os malfeitores presos pela Operação Lava Jato.
Há um bacanal dos diabos, os bruxos estão à solta no Brasil da Silva, e celebram o fato de que Zavascki também pediu - pediu mandando - que a Justiça Federal do Paraná envie para ele lá no Supremo todos os inquéritos e processos relativos à operação da PF.
Com isso ficam suspensas as investigações e ações penais que iam como uma onda no mar de lama e cessa tudo que a antiga musa canta também em termos de mandados de prisão que já haviam sido expedidos.
O argumento do ministro preferido por Dilma há pouco tempo é o envolvimento no rolo grosso de dois deputados federais nas investigações, os ínclitos André Vargas, o boxeador de vento e Luiz Argôlo, o namorador de doleiros. Teori deu a zavasckiada e pronto. Mas há controvérsias.
O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, não concorda e questiona a decisão do bem-mandado ministro zavasckiador e já lhe mandou por escrito um pedido de esclarecimento. Ele quer saber se a decisão vale mesmo para todos os acusados, ou só para o bode-expiatório Paulo Roberto Costa: "A fim de evitar erros de interpretação da referida decisão, oficie-se,com urgência e por fax, ao gabinete do ministro Teori Zavascki, esclarecimentos do alcance da aludida decisão".
Como ato de reserva moral, Zavascki mandou confiscar os passaportes de todos os que botou no olho da rua e que, neste momento, circulam no seio da sociedade honesta e de boa paz. Por via das dúvidas, tranquem suas portas. E só abram para gente de confiança. Perguntem antes quem bate.
E, se vocês não tiverem medo de ser felizes, olhem pela janela e procurem saber quem está festejando essa disenteria, essa soltura insuportável de embusteiros, esse bolo fecal. Que mau cheiro. Que fedentina. Com a teoria do Direito Formal que apunhala o Direito Moral, Teori Zavascki estourou um cano de esgoto. Um verdadeira galeria cloacal.
