NOTÍCIA É A VERSÃO QUE ESTÁ NAS ENTRELINHAS

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ENTREMENTES...
Para usar o púlpito da ONU e perorar - sim, pode ser perolar também - sobre a espionagem americana em seus e-mails, telefonemas e, quem sabe até, idas e vindas ao banheiro, Dilma Vana se deu ao luxo de hospedar-se com o dinheiro público numa suíte de R$ 25 mil a diária. Os camareiros e mordomos falavam português. Um cuidado de gata escaldada: a provável arapongagem de Obama seria dificultada. A suíte da primera-mulher-president@ do Brasil além de ser meticulosamente varrida, passou também por uma completa varredura. Não, ela não foi de vassoura para a sede da ONU. Foi de limusine.

O JUIZ BIRRENTO
O assunto já é velho e requentado, mas Celso de Mello ainda consegue alguns espaços de jornal, menos do que manchetes, meros rodapés. Agora, depois de consgrar embargos infringentes com jurisprudência no STF, Celso de Mello vem protestando contra a postura - "postura" é atitude de galinha poedeira - dos meios de comunicação diante de seu voto a favor dos mensaleiros e, por extensão, aos malfeitores que praticarem as mesmas malfeitorias. Celso de Mello diz que foi pressionado pela revista Veja: "nunca a mídia foi tão ostensiva para subjugar um juiz". Vai ver que foi mesmo, mas isso não justificaria em momento algum, em lugar nenhum do mundo, uma sentença baseada em pura birra. Há outras maneiras mais legais de um homem mostrar que é mais homem. Um delas, seria - como bom homem das leis que é - processar a mídia por assédio e tentativa de chantagem moral e até imoral.

DENÚNCIA ABORTADA
Ricardo Izar, deputado paulista que preside o ínclito Conselho de Étitica da Câmara, acaba de instaurar processo contra o colega carioca Jair Bolsonaro, dono de conhecida truculência verbal, por quebra de decoro. Ele acredita nas queixas de Randolfe Rodrigues, o gasquito deputado do Amapá, que jura ter levado um soco de Bolsonaro na barriga. Apesar do entrevero ter ocorrido diante de dezenas de testemunhas oculares que se acotovelavam para entrar na sede do DOI-CODI no Rio de Janeiro, só Randolfe viu e sentiu a porrada nas entranhas. Sabe no quê vai dar isso tudo? Pois é. Randolfe vai acabar abortando e tudo vai dar em nada. Comme d'habitude.

FACTÓIDE DE PADILHA
Alexandre Padilha em sua caminhada rumo ao Palácio dos Bandeirante, nem bem acomodou mal e porcamente a legião estrangeira nos pontos mais recônditos do Brasil, já entrega para a mídia ansiosa outro factóide: diz que num balanço feito pelo seu próprio ministério o número de pessoas que aguardam transplantes nos hospitais públicos foi reduzido de 64.774 em 2008, pleno governo do eficiente Lula, para apenas 38.759, neste notabilíssimo 2013, ano da graça de Dilma Vana. Os dados foram apresentados com ares de vitória. Padilha não esclareceu se os pacientes foram atendidos em dobro, ou se impacientes de tanto esperar já partiram desta para a melhor. 

TCU EMBARGA SUPERSALÁRIOS
O Tribunal de Contas da União descobriu 464 servidores do Senado com dignos salários acima do teto de R$ 28.059,29 que é quanto ganha um ministro do STF. O tribunal agora quer que  a turma da boca rica devolva o que ganhou indevidamente nos últimos cinco anos. Isso dá coisa assim de mais de R$ 200 milhões. Então tá, esperem sentados. Não demora nada e o TCU está tomando um bolo de embargos infringentes pela cabeça. E tudo ficará como dantes no quartel de Abrantes. Qualquer coisa, basta mandar o Celso de Mello dar o voto de Minerva.

DURA VIDA DE PRESO

A polícia de Sérgio Cabral é dureza. Mais dura do que se pode imaginar. Ontem saiu prendendo tudo quanto era mascarado que via pela frente. E fez muito bem, máscara não é coisa que se use em praça pública. A menos que se trate da Praça XV que, em período momesco, sempre foi do povo. Ontem, a polícia prendeu até o Batman. Dizem testemunhas oculares da história que ele saiu do cárcere já em alta madrugada. Só atendeu aos impetuosos repórteres quando eles o chamaram de Robin.