Grêmio 2x1 Independiente
Reforçado pela ausência de Luxemburgo no banco, o Grêmio jogou na sua arena contra o poderoso e invicto(?!) Independiente de Santa Fé da Colômbia, como se estivesse em sua própria casa.
Um espanto, já que todo mundo sabe que o Arena - muito menos que o saudoso Olímpico - pertence mais ao Tricolor dos Pampas do que à turma lá da Bahia, de São Salvador. e de todos os santos e mistérios do futebol.
É lindo de ser ver o Grêmio jogando como se estivesse em casa. Não há, neste mundo, torcedora mais bonita do que a gaúcha. É lindo de ser ver.
Foto/Reprodução,lancenet.com
Os colorados gostaram mesmo foi do início da partida. Não tinha dois minutos de jogo e seis atletas gremistas já tinha levado pelo menos um coice cada um.
Inédito na história do futebol mundial: o time colombiano passou dez minutos sem ultrapassar a linha do meio de campo. E o Grêmio... também!
De repente o ataque gremista começou a se movimentar. O Grêmio jogava um pouco melhor que o abobalhado Independente. Os torcedores do Inter começaram a sentir a falta de Luxemburgo na orla do gramado. Assim como estava, não era bom sinal. Qeu falta faz um Luxemburgo para os desejos colorados.
Aos 28 minutos, gol do Grêmio. Vargas, de cabeça. Pronto, começou a campanha "Fora Luxemburgo!". E pouco depois termina o primeiro tempo. O placar de 1x0 tinha o sabor de goleada para os dois times.
Começou o segundo tempo e o Independiente estava um pouquinho pior que o Grêmio. Está na cara que Luxemburgo não esteve nos vestiários. Mas não é só a torcida colorada que sente falta de Luxemburgo, os gremistas também gostariam de vê-lo todo enfeitado em campo, engravatado e com sapatos de verniz, fugindo apavorado e caindo de medo rumo à boca do túnel.
Decorriam oito minuto de inércia quando, eis que senão quando, Cris ganhou a partida para o Grêmio. Cometeu um pênalti escandaloso e foi expulso. Era tudo que os gremistas precisavam para arrumar de vez a sua defesa. Tá foi gol do Independiente, mas isso foi o de menos. Nada se compara a ficar sem um zagueiro como o Cris no time.
Sem Cris e sem Luxemburgo o Grêmio joga muito melhor. E olhando assim a vida com bons olhos, não dá para ver o que é que o Bayer de Munique tem que o Grêmio não tem.
Aos 30 minutos, quando o melhor atacante gremista era o goleiro Dida, saiu o gol da virada tricolor. Fernando fez o desaforo que a torcida do Inter não esperava. Nem ele. Pronto, 2x1. Goleada do time da casa dos baianos.
Imagem/sitodapoderosa.blogspot.com
Esse gol do Fernando foi uma punhalada nas costas do torcedor brasileiro. Agora mesmo é que Felipão vai levá-lo para a Copa das Confederações.
E assim, sem Luxemburgo e sem Cris em campo, o Grêmio com um a menos usou e abusou da tática de dar tempo para cada jogador colombiano dominar, parar a bola e pensar nas jogadas. Deu no que deu.
Fiquei até o fim do jogo diante da TV. Eu tinha que me distrair com alguma coisa até chegar a hora de secar o Corinthians contra o abominável Boca Juniors. E fiquei ali na minha sala até o final, me sentindo como se estivesse em casa.
RODAPÉ - Esforço inútil. Secar o Corinthians é uma coisa; aguentar o Corinthians jogando é um desaforo. Peguei no sono. Um sono frutificante: antes de desligar a TV fiquei sabendo que o Boca sacudiu a Bombonera metendo um desmoralizante 1x0 no Timão. E não, ninguém falou nada sobre os 12 corintianos sinalizadores encarcerados na Bolívia. Isso já não é uma notícia tão ruim assim. Afinal, eles não foram a Buenos Aires e nem sequer passaram pela Arena Tricolor que o Grêmio pensa que é dele.
ENTRELINHAS - Na realidade, o que escrevo hoje sobre futebol não tem o menor compromisso com a verdade. Fiquei assim desde que Lula deu o golpe na Fifa e trouxe a "melhor" Copa do Mundo para os brasileiros de boa vontade pagarem.