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domingo, 7 de junho de 2015

O IMPROVÁVEL REENCONTRO
DE LULA COM JOSÉ MUJICA

Quem é Mujica, José Mujica, Don Pepe Mujica? É o ex-presidente do Uruguai. É... Mas fundamentalmente, Mujica é o modelo ideal de dignidade e virtude que a esquerda brasileira recomenda, mas não pratica.

Para o PT & Siglas Associadas, o único defeitinho de nada de Mujica é que ele não precisava ser tão pobre, epa!, não precisava ser tão humilde assim.

Ai, meus badulaques! Andar de fusca também já é demais.

Em todo caso, sabe-se que Mujica , do alto de sua despojada bondade, nutre uma certa admiração por Lula da Silva. Sempre que fala no rico e próspero eventual amigo brasileiro incluso puede endurecerse, pero sin perder la ternura.

Outro dia, Zé Mujica disse a dois jornalistas de suas plagas que lançaram no Uruguai um livro sobre a sua história de vida, que Lula lhe confessou que sabia do Mensalão e que é impossível governar o Brasil sem corromper e ser corrompido.

O livro está chegando, ou já chegou por aqui. E Mujica já recebeu, aquém do Rio da Prata, um telefonema de Lula na base do "o quié isso, cumpanhêro?". Esta foi a primeira pressãozinha para Mujica desmentir os jornalistas editores da obra literária, como costuma acontecer e faz bem à técnica lulopetista de desqualificar reputações.

Don Pepe Mujica não desmentiu, parece que desdisse com um certo jeito meio escapista a parte do Mensalão; que Lula não teria se referido especificamente ao apelido que o impávido delator Roberto Jefferson deu à roubalheira institucionalizada nessa pátria educadora.

Mas o humilde modelo de virtude da Província Cisplatina não tirou uma sílaba, nenhuma linha sequer do que Lula lhe falou sobre corromper e ser corrompido.

Então, minhas queridas companheiras e diletos companheiros, não percam o foco. Lula disse que conseguiu governar o Brasil durante seus longos oito anos graças à corrupção ativa e passiva que serviu como alicerce e garantia do seu tempo de moradia no Palácio do Planalto.

Se isso se chamou Mensalão, pouco importa. O que interessa e precisa ser muito bem explicada é a confissão de Lula. Que coisa é essa de não poder governar sem corrupção? Isso não é coisa que se admita em sociedade. Pelo menos na sociedade que se preza e que restou depois da passagem moralmente arrasadora de Lula por cima do mapa do Brasil.

Então, venha cá Mujica, tem um pessoal da oposição lá no Congresso Nacional que o está convidando para vir ao Brasil.

Aceite o convite e venha, nem que seja só para o coquetel de lançamento do livro com a sua biografia.

Aqui, também tem bons repórteres dos cadernos culturais das redes de rádio, jornal e TV que gostariam de promover um encontro, informal como você gosta, com o seu amigo Lula.

Seria um bom momento nessa espécie de acareação entre você e o companheiro Lula. E aí então, o Brasil escolheria ficar com a sua palavra Don Pepe Mujica, ou com as verdades de Lula. E depois que você partisse, meu bom caudilho, a Justiça brasileira tomaria conta do resto.

RODAPÉ - Não se espante, meu despojado, humilde, sincero e puro Don Pepe Mujica se, antes mesmo desse improvável encontro com Lula aqui no Brasil, os assassinos de reputações já não tenham espalhado a notícia de que estaria chegando ao nosso país um "octogenário" ex-presidente do Uruguai, já à beira da caduquice, confuso e desmemoriado. Talvez, nesse já outono da vida, você meu bom homem, ainda tivesse tempo de aprender a escolher melhor as suas amizades. Não perca a oportunidade desse encontro.