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quarta-feira, 10 de junho de 2015

O PACOTE DE CONCESSÕES

E o que era anunciado como a salvação desse governo da Pátria Educadora sob a popular denominação de Pacote de Concessões não passou de uma pífia e nada crédula apresentação de uma lista de segundas intenções cheia de velhas e boas licitações.

De segundas intenções, para que não se diga de terceiras e más intenções. Pura privatização terceirizada, com o ilusório preço inicial de R$ 198,4 bilhões. O que, até a deflagração da Operação Lava-Jato era prática no Petrolão, agora será costume no Pacotão. Fila que anda. Vida que segue.

MÁ VONTADE

Há quem possa dizer que este espaço aqui tem sempre má vontade com qualquer coisa que venha de Lula da Silva e Dilma Vana. E os que dizem isso estarão redondamente certos. É que Lula e Dilma não têm a menor boa vontade com a gente dessa terra que quase já não tem palmeiras onde cantam os sabiás. É a lei do troco. Bateu, levou.

DILMA ATUCANADA

Esse pacotão aí, essa lista de intenções, por exemplo, é mais uma imitação piorada do que os tucanos faziam e o PT de Lula e Dilma execravam e condenavam. Pura imitação piorada. Tanto é que os empresários receberam o pacotaço com extrema desconfiança. Eles dizem que tem a cara dos mandarins chineses... pura pólvora seca.

Eles sempre prometem mundos e fundos bilionários e tiram o corpo fora, escafedem-se. Não é nada, não é nada, no mês passado o primeiro-mandarim veio aqui, abraçou Dilma e disse que a China investiria 53 bilhões de dólares no Brasil. Não fez mais do que a mesma coisa que o primeiro-mandarim que o antecedeu fez com esse mesmo Brasil da Silva quando, em 2007 acenou com investimentos de quase 70 bilhões de dólares, antes que chegasse o ano de 2012. E de lá pra cá, cadê você, meu bom chinês? Tomou Doril.

A DESCONFIANÇA

Se há quem não seja bobo e tenha má vontade com pirotecnias e salamaleques financeiros é o chamado homem de negócios, o tal investidor. Pois eles viram e ouviram o lançamento do pacotão de concessões e concluíram que não passa de uma lista de intenções.

Fizeram as contas e viram que o governo estava botando um bode na sala e prometeu R$ 198,4 bilhões, mas só pode garantir menos de R$ 70 bilhões. Investidores são bichos espertos, se deram conta de que 2016 é o Ano Chinês da Cabra. Sentiram o bafo na nuca e caíram na retranca.

Os outros quase R$ 130 bilhões só poderão sair das burras públicas e em módicas prestações a partir de 2019 quando, se tudo correr bem, a República já terá outro presidente. Mas aí o Ano Novo Chinês é do porco. Um animal que fuça pra frente.

Quer dizer então que a minha manifesta e confessa má vontade para com Lula e Dilma desta feita deve ter uma de suas muitas raízes no mau olhado que os tão esperados investidores lançaram para cima do tal programa de terceirização.

Tanto quanto me parece, também para os cobiçados investidores esse chamado pacote de concessões não passa de uma vaga e pirotécnica lista de, digamos, segundas intenções.

Pronto, contra mordida de cobra, veneno de cobra.