MEIA TONELADA DE PÓ VIRA TALCO
Lula da Silva não perde vez nem hora para baixar a lenha na imprensa que, sem noção do ridículo, ainda tem olhos e ouvidos para repercutir as besteiras que ele solta a torto e a direito. Lula vai continuar assim até que consiga emplacar no país a censura que chama de Marco Civil da Internet, cognominada por Dilma de "Governança da Internet".
Aproveitou ontem mais um palanque petista para alavancar a candidatura de sua mais nova criatura, o clínico-geral de diploma fajuto de infectologista, Alexandre Padilha, e desancou: "Me incomoda a preocupação da imprensa com os condenados, sobretudo com o emprego do Zé Dirceu. E essa mesma imprensa, que em nome da moral fala tanto do Zé Dirceu, esconde o outro lado que estava com 445 quilos de cocaína num helicóptero". Deve incomodar muito mesmo.
Ora bolas, carambolas! O que são 500 quilos de cocaína para o Brasil da Silva que reduziu a pó de gafanhoto a política, a moral, a vergonha de ser corrupto, de ser ladrão dos cofres públicos.
Meia tonelada de cocaína em um helicóptero é caso de polícia; não de política. Tem que acabar na prisão imediata dos traficantes, sejam eles deputados estaduais ou federais por qualquer partido que tenham como disfarce para seus delitos.
Meia tonelada de pó, não sufoca a listagem com mais de 200 escândalos de corrupção sistemática e organizada que estouram a cada momento nesse país, desde que o incomodado companheiro bom e batuta subiu a rampa em 2002.
Meia tonelada de cocaína, diante dos escândalos e do desastre moral da política brasileira, é pó de arroz, é talco para fundilhos que gostam de ser chutados, às vezes por Lula - como o de Marta Suplicy, uma dia antes de ganhar um ministério de mão beijada - ou seguidamente por Jerome Valcke, secretário da Fifa - como o nosso acostumado ministro do Esporte.
INCONGRUENTE
Defesa de Genoíno diz que laudo médico é "incongruente". Ah bom. Genoíno nunca foi deputado; sempre foi um termômetro das febres políticas da democracia que seu bando inventou para passar bem na vida. Nada mias incongruente.
27 ANOS DE PRISÃO
Há quem até hoje ainda esteja admirado porque em seu governo Lula da Silva concedeu a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco a figuras como a sua esposa titular, Marisa Letícia, Zé Dirceu, Erenice Guerra e companheiros genéricos. Trata-se da mesma comenda que o governo brasileiro deu a Nelson Mandela em 1991. besteira essaadmiração. Tudo se pode esperar de alguém que um dia, achando pouco comparar-se com Jesus Cristo, achou-se parecido com Nelson Mandela. Nesse último estado de delírio, bom seria que ele passasse pelo menos por 27 anos de prisão, como Mandela passou. Por razões profundamente diversas, é evidente.
LÍNGUAS SUJAS
Não é só porque tenham a língua presa. Há linguas presas que não são línguas soltas nem ferinas. É porque são línguas sujas. Precisam ser lavadas, antes de dizer o nome de Nelson Mandela. Antes de lavá-las, no entanto, devem esperar pela indicação oficial de uma lavanderia de confiança. A lavanderia que estão acostumados a usar está com as máquinas sujasde dinheiro público.
DESINTERESSE SENATORIAL
Nesta sexta-feira, Zé Sarney fez um longo, um laudatório discurso em homenagem a Nelson Mandela. O plenário senatorial estava vazio. Tinha apenas dois gatos pingados. O vazio do Senado não foi só porque era mais uma sexta-feira; foi justamente porque descobriram que Sarney ia falar de Mandela. Os senadores não estavam interessados nem no Mandela, que dirá no Sarney.