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sábado, 14 de dezembro de 2013

MEU PASSADO ME CONDENA

Esse filme é antigo. Mas vem aí num remake mais do que esperado, previsível e inevitável. Engana-se a alguns por algum tempo, a muitos por muito tempo, mas não se engana a todos o tempo todo.

Depois de Tuma Júnior, na obra literária do século, entregar que Lula desprendeu a língua dos dentes e foi alcaguete da ditadura - coisa comum no Araguaia, rio preferido de Genoíno - agora vem o Cabo Anselmo, dizendo que vai entregar na Comissão da Verdade, com documentos e fotografias, o "sindicalista dedo-duro que anda por aí".

Isso pode explicar, em parte, porque nos festejados "10 Anos de Poder do PT" seus maiores líderes padeceram todos da Síndrome do Silêncio e nunca viram nada, nunca escutaram nada, nunca souberam nada, nunca fizeram nada. O filme antigo está em cartaz na praça.


O DEDO DO DESTINO

Sei não, mas tenho a estranha sensação de que, por um dedo mínimo, perdido num torno por um metalúrgico desatento ao serviço, o destino do Brasil teria sido outro bem diferente e bem melhor.

Se aquela tal de Metalúrgica Independência, lá de São Bernardo do Campo, não tivesse montado seus equipamentos para apenas produzir e não para proteger também seus melhores e piores operários, o cara hoje estaria aposentado de tanto trabalhar e gozando das benesses que o fator previdenciário oferece aos brasileiros que trabalharam de verdade a vida inteira.

Estava escrito na estrela que o dedo do destino descobriria o Brasil da Silva.

PANO DE PRATO
A dona da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, baixou a lenha no prussiano ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele defendeu o adiamento da obrigatoriedade de airbags e freios ABS nos carros. Ela ligou para os líderes dos poderes constituídos e disse que a posição de Mantega não reflete a posição do governo. De palpiteiro infelkiz, Guido Mantega agora está virando pano de prato na cozinha de Dilma Vana.

REPÚBLICA DOS SENHORES DOS ANÉIS

É uma vergonha o país ter um governo que não tuge nem muge a respeito da cretinice das doações de empresas privadas para as campanhas eleitorais. Dinheiro de particulares - empresas ou pessoas físicas - na conta dos partidos é mensalão descarado; é propina oficializada.

Ricos têm dinheiro, porque gostam de dinheiro; empresas só existem com fins lucrativos. Nem empresas, nem doadores individuais são tarados. Não se tem notícia de que rasguem dinheiro e comam suas próprias fezes. Os doadores de campanha des/governam o Brasil.

É a mais descarada e desbraguelada relação de compra e venda; a mais cretina e ofensiva vitrine de oferta e procura; a mais debochada e ofensiva relação entre patrões e empregados.

Os políticos viram governantes para servir, como servos submissos  aos seu amos e senhores. O Brasil da Silva é a República dos Senhores dos Anéis.