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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

PRA NÃO CAIR EM TENTAÇÃO

No princípio, quando ainda se consolidando uma das mais sacanas repúblicas do mundo, a luz se fez para políticos eleitos e servidores ungidos, na forma da alegação de que só polpudos salários e altos custos saídos das burras públicas garantiriam que juízes, ministros, deputados, senadores, seus genéricos e terceirizados não cairiam em tentação.

Os salários e as mordomias, fora o alho, espantariam as bruxas e os fantasmas da ganância impulsionada pelo poder de decisão e de mando sobre a nação, pouco importando o preparo e a qualificação dos bem fornidos pelos cofres do governo.  Era uma espécie de escudo contra a corrupção

Isso foi naquele tempo. E já era uma falácia. Hoje, a realidade é que, salvo honrosas e raríssimas exceções, se for para não cair em tentação, ninguém quer ser juiz, ministro, deputado, senador, nem mesmo genérico ou terceirizado. E assim está estabelecida a República dos Calamares, o desregrado Brasil da Silva, top ten no ranking dos países mais corruptos do mundo.

FAZER SABER E SABER FAZER

O Brasil da Silva é um desastre em matéria de saber fazer o que faz saber. Erra em tudo quanto diz que vai fazer. O Fome Zero desandou para o Bolsa Família que aborta um desvio de dinheiro público por cidade do país; O PAC empaca em cada obra que cai nas mãos das empreiteiras que abominam a burrocracia e embolsam a grana; as verbas das ajudas humanitárias deslizam nas costas de prefeitos e administradores larápios; não há noite nem dia que não surja um escândalo envolvendo núcleos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida... Quer dizer, esse governo faz saber, mas não sabe fazer.