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segunda-feira, 12 de maio de 2014

CAMPANHAS NERVOSAS

Tô nem aí para a CPI ou para as múltiplas CPIs que possam entrar em pauta no Congresso Nacional. Elas sempre dão em nada.

O que há de bom nessa Operação Lava Jato, nessa barafunda furibunda que afunda a Petrobrás é que ela já bateu no fundo do Caixa-2 de campanhas eleitorais.

O Brasil, o Ministério Público, a Justiça - nos foros que ainda escapam do domínio governamental - a Polícia Federal, malgrado focos de submissão ao ministro da Justiça de Dilma, estão de olho nesse mar de lama que tem sido os desvios de montanhas de dinheiro para os cofres dos partidos políticos.

A rede de lavanderias do doleiro Youssef, Beto para os íntimos, está fechada para balanço. Sem a intermediação do chamado banco central da mala preta, os receptadores estão à beira de um ataque de nervos.

VOCÊ SABIA?
No ano passado o PT não precisou fazer vaquinha nem nada e recebeu em doações quase R$ 80 milhões. As empreiteiras contribuíram ideologicamente com mais de R$ 60 milhões. O resto não chegou a ser considerado vaquinha. Foi leite derramado.

VIRA CASACA

E o André Vargas, um dos cabeças da sórdida campanha "Volta Lula", agora sabe bem o que é companheirismo bom e batuta no PT de verdade, aquele em que Lula é o presidente de honra.

O outro PT - dos três PTs que andam por aí governando o Brasil da Silva - é o do presidente subalterno, Rui Falcão. Esse ainda incomoda um pouco André Vargas, mas de quando em vez é meio companheiro; nem tão bom e nem tão batuta.

A sabedoria toda de André Vargas sobre o tema "Estamos juntos nessa!" vem do chute que levou nos fundilhos assim que precisou de Lula. Sem medo de ser feliz, Lula foi o primeiro a lhe dar as costas. André Vargas, a essa altura do campeonato, lamenta ter perdido aquela chance de revidar a falta.

O petista abandonado agora está pensando em virar a casaca e usar o terceiro PT, o time dos reservas descontentes, para torcer pelo clube de Eduardo Campos, na decisão de outubro.

FENÔMENO ESTRANHO
Correu e ocorreu pelo mundo afora mais um domingo de futebol. O estranho é que nenhuma banana foi atirada para dentro de campo. O que será que está acontecendo com esses torcedores, será que eles resolveram agora ir aos estádios para ver futebol? Tá, nem tudo é nessa vida o que pode parecer.

Lá em Kinshasa, na República Democrática do Congo, no jogo entre o Mazembe e o ASV Club houve uma briga de torcidas e a polícia atirou bombas de gás lacrimogênio. Morreram 15 torcedores por asfixia e outros 24 ficaram feridos. Tá, houve tudo isso, mas ninguém atirou uma banana sequer para dentro de campo.

EXTRA! EXTRA! Delete o cabeçalho dessa matéria. Atiraram bananas, sim. Na Itália, na Espanha e pelo mundo afora. Mas os jogadores resolveram aplaudir a bananada. Ufa! O mundo e o futebol continuam nas mesmas.

O BODE NÃO QUIS VISITA
O grupo de políticos da Comissão Externa que "investiga" a Petrobrás, sem um pingo de medo, quer visitar o bode expiatório, Paulo Roberto Costa, na carceragem da PF, em Curitiba. Pasmem! Ele não quer receber os ilustres visitantes. No fundo, no fundo, essa turma é gente de sorte. Vá que o pessoal entrasse lá na cadeia e a PF resolvesse jogar a chave fora...

ARGOLA
Estão quentes as costas do deputado baiano aquele que trocou mensagens românticas com o doleiro Beto Youssef. No seio gentil do Solidariedade, seu partido, ele deixou de ser Luiz Argôlo e carrega agora o apelido de Argola. Pode perder o mandato... Peralá! Não é por preconceito, não;  a sua cota de descrédito social é por promiscuidade.

PAGOU E BUFOU
O melífluo Fundo partidário pagou a defesa dos condenados do mensalão por dois anos. E depois veio, como você já sabe, a fase das vaquinhas magras.

FLAGRA
Um sargento foi flagrado no Rio de Janeiro, vendendo ingressos para a Copa das Copas. Essa tática da polícia de pacificação tem tudo para dar errado: bota a raposa para cuidar do galinheiro.