NOTÍCIA É A VERSÃO QUE ESTÁ NAS ENTRELINHAS
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Passou em brancas nuvens. Semana passada, o cognominado príncipe dos sociólogos nativos, Fernando Henrique Cardoso deu a dica e ninguém deu bola: "Mesmo com Lula o PT pode perder nas eleições de outubro".
Isso quer dizer muito mais do que as pesquisas que apontam, mais que para um segundo turno, para a direção de uma possível derrota de Dilma Vana. O que FHC registrou nas entrelinhas foi o "Volta Lula".
E está então estabelecida, uma vez mais, a regra imposta por essa democracia de grupelhos e sob medida para eles que nos obriga a escolher entre o ruim e o pior.
E volto eu então ao velho e arraigado hábito de não votar. Eu me recuso a endossar o que essa espécie pode reproduzir quando e enquanto se apossa obscenamente da nação brasileira.
Meu voto, pelo tempo que a história me permite, é facultativo. Por ideologia, ele é livre e desimpedido pela minha democracia - se eles têm, eu também posso ter uma democracia pra chamar de minha - que me dá o direito e não a obrigação de votar.
Nessa pandilha que aí está - escolhida antes pelos partidos e pelos donos do poder - eu não acredito e não voto! Tô fora!
RODAPÉ - A troco de quê você acha que Dilma é uma president@ que está no lugar de Lula? A troco de quê, o Renan Calheiros é presidente do Senado; o Henrique Alves preside a Câmara; o Lewandowski vai dirigir o Supremo Tribunal Federal; o Toffoli manda no Superior Tribunal Eleitoral; o governador do seu estado é quem você sabe quem e o quê ele é; o prefeito e o presidente da Câmara da sua cidade são quem são e o que são?!?
Neste outubro e em todos os outubros que virão eu não voto nesse conjunto de indivíduos morfologicamente assemelhados à espécie humana. Hoje, o Brasil da Silva é habitado por duas camadas de bípedes: as pessoas e os seres que elegemos com o voto obrigatório. Eu tô fora! Eu e 57% dos eleitores brasileiros.