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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Maduro, eleito, comete o primeiro pecado

Eleito, como já era previsto, presidente da Venezuela pelo apertado e suficiente marcador de 1,5 x 0, Nicolás Maduro já cospe em boa parte do prato em que comeu e comete a primeira e mais perigosa mentira: "Não haverá pacto com a burguesia".

Logo, logo os 49,5% que não votaram nele vão infernizar sua vida. E a República bolivariana poderá ouvir cantar "Libertad, Igualdad, Fraternidad" versão latino-americana da "Marselhesa", hino de guerra da revolução francesa - "Liberté, Egalité, Fraternité" - que os brasileiros ainda não transformaram no pagode "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" para botar pra dançar os seus novos proprietários, os mais recentes e faustosos burgueses desta nação.

Maduro tem quatro anos para amadurecer. Se não virar burguês, não será o fantasma Hugo Chávez, em feitio de passarinho quem irá salvá-lo da derrubada. Mas, em verdade, em verdade, qualquer hierofante, qualquer profeta pode vaticinar: não será mais difícil para um ex-motorista de ônibus do que foi barbada para um ex-metalúrgico cair em tentação e cometer um pecado atrás do outro.