O Brasil Dilma da Silva é uma graça. Não aquela da Petrobras; é uma graça mesmo. O ministro Gilmar Mendes, do STF chutou o pau da barraca e determinou a suspensão do projeto de lei que dificulta a criação de novos partidos e reativa a Lei Falcão.
Eis então que surge impoluta a figura do ínclito Renan Calheiros e com toda a probidade de sua história brada feroz que "não aceitamos que o Judiciário influa nas decisões legislativas, de modo que consideramos isso uma invasão". Lindo, lindo, lindo isso, não partisse a bravata de quem parte.
Eis que, senão quando, salta de banda Zé Guimarães, líder do PT na Câmara para defender a proposta que submete decisões do Supremo Tribunal Federal ao Congresso: "a matéria não tem nada a ver com o PT; não foi discutida na bancada e eu nem sabia que seria votada na CCJ". Zé Guimarães é o irmão de Zé Genoíno, o condenado da CCJ - Comissão de Constituição e Justiça. A palavra de honra desse senhor seria levada em conta, não fosse ele ninguém mais nem menos do que o patrão daquele assessor flagrado no aeroporto com dólares na cueca.
É quando então surge em cena Henrique Alves, presidente da Câmara Baixa do Parlamento brasileiro, como defensor dos fracos e oprimidos e paladino da Justiça, considerando "inusitada" a aprovação pela CCJ da proposta de emenda à Constituição que submete as decisões do Supremo ao Congresso.
Do alto de sua dignidade factual ele anunciou que não vai instalar comissão especial para dar tramitação à proposta do petista Nazareno Fonteles lá do Piauí. Quer dizer, engavetou a arapuca. Ainda bem. Em todo caso, fica aí o espelho do Brasil Dilma da Silva. O reflexo é essa gracinha de nação que aí está.