O Brasil sem controle

São Paulo, como sempre, comemora o Dia do Trabalho com festanças da CUT e da Força Sindical. Dilma tomou chá de sumiço e o editor-fantasma de Lula festejou no Facebook. A orelha da vaia foi desligada.

Arte/freepick.com

Os pais da dentista que foi incendiada por quatro pústulas humanas em São Paulo, estão sendo agora ameaçados de morte por um escarro da sociedade que se diz traficante e que está possesso porque prenderam os "amigos dele".

Esta é apenas uma versão pé-de-chinelo da revolta dos bandidos contra a ação da autoridade que, desta vez, conseguiu prender os criminosos. Uma reles imitação da indignação dos malfeitores do Congresso Nacional que não querem ser pilhados pela investigação efetiva do Ministério Público.

Para eles o bom mesmo é que só as polícias Civil e Federal subordinadas e controladas pelos governos de seus respectivos âmbitos detenham o poder absoluto das investigações. Assim, os facínoras paraestatais não seriam pilhados; seriam empilhados nas estantes dos arquivos implacáveis de casos caducos e insolúveis. Ao invés de proscritos, todos eles - de presidentes a cabos eleitorais - seriam prescritos.

O Brasil está fora de controle. É um lugar de domínio oficial que não tem paz, não tem segurança pública, não tem saúde, não tem educação. Vive dos maus exemplos que seus governantes deixam. Não tem medo da lei e nem vergonha de ser um fora-da-lei.

Imagem/osdezmais.com

Se os poderosos são imorais e larápios; se eles são assaltantes dos cofres públicos, formadores de quadrilhas; se eles aplicam golpes a torto e direito; se eles botam a vida pública na privada, se lobistas e consultores fazem verdadeiros arrastões na máquina administrativa, então o populacho não tem medo de ser feliz na mão grande e nenhuma razão para se comportar como pessoas de bem.

Eles têm tudo para ser do mal. Como são do mal os seus ídolos, como são do mal os seus referenciais bem-sucedidos, de gravata e colarinho branco.

O bandido das ruas é apenas o bandido dos palácios com advogado porta-de-xadrez. O bandido dos palácios é o bandido das ruas com o poder de comprar a balança e a espada.

Quando essa empreitada se torna mais difícil do que uma licitação fraudada, eles caem do céu, se escondem sob a mesa dos arcanos e bebem o vinho dos humanos.