DO LIXO AO ACONCHEGO
E então, nesta quarta-feira, Cesar Borges assumiu o posto de rainha da Inglaterra no Ministério dos Transportes, uma fachada para os bons negócios do PR, partido que, enfim, volta do lixo da história para o aconchego do governo Dilma Vana. A primeira-mulher-presidenta deixou bem claro no seu discurso de boas-vindas a quem entrava pela janela que a chave do cofre fica nas mãos de Miriam Belchior, mãe-de-criação do PAC e titular absoluta da pasta do Planejamento. Quer dizer, Dilma comprou a aliança, mas não casou.
USANDO BEZERRA
Como já não consegue dominar os instintos primitivos de sua cobra-criada, Eduardo Campos que só pensa naquilo, Lula está usando o enrolado ministro Fernando Bezerra, da Integração que sempre foi da cota de Campos em Pernambuco, para minar suas pretensões no Nordeste.
NINGUÉM TÁ LIVRE
Boletim médico dos profissionais do SUS que atendem no hospital Sírio Libanês: Lula está livre do câncer. Isso quer dizer apenas que ninguém tá livre dele.
CUPULANDO POR AÍ
Enquanto não telefona mais para Rosemary, Lula leva a vida a andar por este país e pelos costados americanos em busca do lugar de presidente das Américas que Hugo Chávez acaba de deixar vago. Agora que, como dizem os boletins de seus médicos, está livre do câncer, ele só aguarda que Fidel Castro bata as botas para deflagrar as andanças definitivas. O show da vez é em Montevidéu, em mais uma cúpula do Merdosul. Sabe-se que ele vai cupular no Uruguai; com quem, ainda é um mistério.
VOLTA LULA!
Está muito bem, Lula agora está empenhado em ser presidente das Américas, mas... Mas acontece que Lula é Lula e, de repente, se lhe der na telha, ele quer tomar o lugar do Papa. Como sabe que o lugar não está vago e nem quer bronca com Francisco do Vaticano, Lula assume a mitra de Bento XVI, o emérito reserva de luxo do mundo cristão. Aí, tomando a renúncia de Bento como paradigma - como ele gosta de chamar qualquer mau exemplo - manda Dilma desistir da reeleição e pega o seu trono no Palácio do Planalto. Pronto, eis aí um bom motivo para o relançamento da campanha "Volta Lula!" - objeto do seu mais profundo desejo que está entalado na garganta, hoje livre do câncer. Mas não do mal que pode fazer a uma nação.
DESPERDÍCIO DE PORRADA
No fim do jogo, depois de tomar um chocolate de 5 x 2 do Atlético de Minas, o medíocre Arsenal dos arredores de Buenos Aires, entrou em conflito com a polícia militar que fazia, mal e porcamente, a segurnaça do estádio. Dessa vez, a confusão começou com o desprerparo da milícia brasileira que, chegou aos empurrões desmanchanmdo a "rodinha" argh!entina que cercava a arbitragem. Los hermanos reagiram com violência, mostrando que dão mesmo um dente para entrar e uma dentadura para sair de uma briga. Em todo caso foi bom ver que os dois lados deram e levaram porrada à vontade. Pena que uns e outros erraram alguns socos e pontapés. Um desperdício.
RICOS E POBRES
A mais nova pirotecnia de Alexandre Padilha é exigir a criação de ouvidorias nos Planos de Saúde que têm 30 dias para fazer o que o governo manda. A coisa é dita assim com a empáfia e a pose de quem está botando pra quebrar. Na verdade, essas medidas de ruidosa austeridade só servem para fortalecer os Planos que fazem o que fazem e são o que são porque a saúde pública no Brasil é uma calamidade. Se o governo tivesse vergonha e programa de trabalho estaria hoje em condições de repetir Lula sem mentir: "A Saúde no Brasil está à beira da perfeição!". Hoje, a Saúde divide o Brasil de doentes e saudáveis em ricos e pobres.
HIDROBRAS
Vem aí a Hidrobras, mais um cabide de empregos para terceirizados sem concurso, mas com muita cobiça nos olhos e faca nos dentes. Os ministérios do Planejamento e dos Transportes já estão encaminhando projeto que prevê a formação de uma nova empresa que terá a tarefa de cuidar dos portos fluviais, hidrovias e eclusas do País. Com isso, em apenas três anos de governo, a primeira-presidenta atingirá número de estatais montadas por Lula em oito anos de poder. Depois se queixam quando falam em formação de quadrilha. Isso é mensalão que não acaba mais. Com a Hidrobras, Dilma não terá do que se queixar quando ficar conhecida como a versão brasileira da Hidra de Lerna.
PAGA E NÃO BUFA
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, está de saco cheio com a demora na publicação do acórdão do mensalão: "A sociedade brasileira espera a execução completa do que foi decidido, seja no que diz respeito a expedição de mandados de prisão, seja com outros efeitos, como a perda de mandatos parlamentares". Enquanto Gurgel e os homens de bem querem ver os condenados na cadeia, a defesa do quadrilheiro Zé Dirceu continua empurrando a justiça e o paga e não bufa com a barriga: entrou com pedido para adiar a publicação até que o plenário se manifeste sobre dois pedidos negados pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa.