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quinta-feira, 13 de março de 2014

GOVERNO CARNAVALIZADO NA CÃMARA

A quarta-feira foi de cinzas para o governo Dilma e suas circunstâncias, no Carnaval de revolta que o Blocão dos Descontentes, comandando por Eduardo Cunha, promoveu na Câmara específicamente e no Congresso Nacional como um todo.

O Blocão dos Descontentes decidiu chamar nada menos de 10 ministros para dar explicações sobre o que não andam fazendo e andam deixando fazer nas suas respectivas pastas. O governo que Dilma preside no lugar de Lula, ficou ontem com apenas o PT, o PP e o PDT. Tomou um banho de purpurina, só pra começar a saltar nas tamancas. Dilma está cheia de "alegria".

Os insatisfeitos se alegraram com o segundo dia consecutivo de vitórias contra o governo. Quer dizer, a demonstração de força da bancada de Cunha assombrou o Palácio do Planalto que está reduzido a uma paisagem na Esplanada.

Com parlamentares da oposição e do blocão espalhados por diversas comissões da Casa a turma descontente derrotou o PT e decidiu convocar para dar as devidas explicações os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Aguinaldo Ribeiro (Cidades), Manoel Dias (Trabalho) e Jorge Hage (Controladoria-Geral da União). Como se trata de convocação, eles serão obrigados a comparecer. De outra parte, o grupo formalizou convites aos ministros Aldo Rebelo (Esporte), Arthur Chioro (Saúde), Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia), Paulo Bernardo (Comunicações), Francisco Teixeira (Integração Nacional) e Moreira Franco (Aviação Civil) foram convidados a dar explicações ao Legislativo e não têm obrigação legal de comparecer. O prazo para convocados e convidados vence em 30 dias.

O primeiro ministro a saltar de banda, sem outra saída diante da convocação, foi Gilberto Carvalho, olheiro de Lula no gabinete da Presidência da República: "Ser convocado pela Câmara não é o fim do mundo". Não, não é mesmo. Ele só precisa levar em conta que ir à Câmara defender o indefensável para uma platéia amiga não é mesma coisa que ser convocado por quem se julga desdenhado e traído. Vai marchar em terreno minado.

Ele está cheio de confianças porque vai falar sobre umas besteirinhas de somenos importância para a estatura ética e moral do Palácio: uso político da pasta e sobre a repressão promovida pela Polícia Militar do Distrito Federal a uma manifestação de sem-terra na Esplanada dos Ministérios, patrocinada pela Petrobras e o BNDES.