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quinta-feira, 13 de março de 2014

MAIS UMA BANDEIRA DESAFIADORA
ENCRAVADA NA VIDA CARIOCA

Pois o governo do Rio cravou mais uma bandeira de Polícia Pacificadora armada na favela Kennedy, pura violência da vida carioca dos santos dos últimos dias. Cravaram e festejaram. Agora, eles contam,  são 38 UPPs encravadas nos morros da Cidade Maravilhosa, de um total confessadamente planejado de 40 unidades a serem montadas pela teimosia de um governo que quer enfrentar o crime à bala.

A ideia é tolerância zero no conflito diuturno entre mocinhos e bandidos e vice versa que é a mesma coisa. Os dois atiram muito mal, pois do contrário o problema já estaria resolvido com um honroso empate com sabor de derrota para os dois lados.

Eu só lhes peço uma breve pausa para a meditação: você já pensou se a ideia de jerico bandoleiro do governo do Rio de combater bala com bala fosse adotada em todas as capitais brasileiras?

O Brasil, meus preclaros, estaria hoje mergulhado numa conflagração intestina muito pior que a Síria, o Egito, a Ucrânia, a Venezuela. Por favor, alguém aí avise para esses mavórcios estupidarrões que se apropriaram do Rio de Janeiro que violência gera violência.

E digam-lhes também, pelo amor dos seus filhinhos, que não existe justiça onde a temperança e o bom senso não prevalecem. Essas unidades de polícias pacificadoras armadas até os dentes não acham graça em quem lhes abre as portas; gostam mesmo é de arrombá-las.

Se eu fosse um Vinícius de Morais faria uma letra-poema para o Tom Jobim musicar em que tivesse um estribilho cantando que nunca se entra, pela violência, dentro de um coração. Como os dois já se foram do Rio para melhor, digo isso assim mesmo, com a maior convicção.